Arquivo pessoal/Divulgação
Fiação solta fere gravemente pescoço de mulher em rua de Joinville
Motociclista de 41 anos teve cortes profundos no pescoço e disse que “nasceu de novo” após o acidente
Sandra Cristina, de 41 anos, foi ferida no pescoço por fiações soltas na rua. O acidente ocorreu nesta terça-feira, 6, na rua Guanabara, em frente ao número 2577, no bairro Guanabara. A vítima teve ferimentos atrás e na frente do pescoço, orelha, rosto e nas mãos, além da lateral do braço e da perna. Devido à gravidade do ocorrido, ela passou por exame de corpo de delito nesta quinta-feira, 8.
Segundo a vítima, que estava de moto, os fios estavam caídos no chão atravessados na rua. Um caminhão passou, os fios engataram no caminhão e depois engataram nela, que estava ao lado do veículo. “Os fios grudaram no meu pescoço e me puxaram em sentido contrário ao que eu seguia”, informa Sandra.
Ela conta que, no momento do acidente, sentiu algo bater no capacete e, em seguida, descer até a garganta, puxando-a para trás. “Senti algo me asfixiar e me cortar, o fio ficou puxando de um lado para o outro”, relembra. Ao tentar se soltar com a mão, acabou se ferindo e teve a impressão de que outros fios estavam vindo em sua direção. “Então me joguei no chão, tive uma queda, machuquei meu braço e a lateral da minha perna também”, relata.
Atendimento à vítima
Ainda abalada, Sandra diz que se levantou rapidamente após a queda e se sentou na calçada. “Sei que não deveria fazer isso, mas estava muito nervosa e assustada”, afirma. Funcionários de uma loja próxima viram a situação e correram para socorrê-la. Eles também acionaram o Corpo de Bombeiros, que fez o primeiro atendimento à vítima. Sandra foi socorrida e encaminhada ao Hospital São José.
Sandra lembra das palavras dos socorristas ao avaliarem a gravidade da ocorrência. “Eles disseram que pela ocasião do acidente e pelo que eles viram no tempo de profissão, eu ‘nasci de novo’”, diz.
Segundo ela, os profissionais destacaram que a forma como ela agiu foi o que evitou um desfecho ainda mais trágico. “Eles disseram que, se eu não tivesse tido o reflexo de tirar o fio com a mão e puxá-lo para cima, teria sido degolada”, conta.
A vítima, que ficou com marcas no pescoço, lamenta o ocorrido. “Eu poderia ter morrido e agora vou ficar com cicatriz pro resto da minha vida”, desabafa. Ela ainda afirma que os bombeiros cortaram os fios que estavam na via, para evitar novos acidentes.
Ela tinha saído de casa para buscar remédios e o documento do filho. “Imagina você sair de casa e não voltar. Sair com vida e não saber se vai voltar com vida. É complicado”, lamenta. “Meu filho chegou a chorar um monte ouvindo que eu nasci de novo, que eu poderia ter morrido”, relata a mulher.
Caminhoneiro prestou socorro após ser avisado
Depois do acidente, um motociclista foi atrás do caminhão envolvido e avisou o motorista do que havia acontecido. Segundo Sandra, o caminhoneiro voltou ao local abalado. “Ele ficou apavorado, chegou lá desesperado”, relata. Ela afirma que o motorista não teve culpa, já que os fios estavam caídos na via.
“Ele falou para os bombeiros que chegou a desviar do pedaço do fio porque tinha uma senhora passando de bicicleta com uma criança, mas não viu que o fio estava atravessando a rua”, diz Sandra.
Segundo ela, mesmo sem responsabilidade direta, o caminhoneiro prestou ajuda. “Me ajudaram com as medicações, vieram aqui ver como eu estava, ligaram pro meu filho no hospital”, conta.
Sandra critica a falta de manutenção das redes aéreas. “A gente vê vários lugares com fios de telefonia e internet caídos no chão. Só tomam providência depois que algo grave acontece”, reclama.
Confira fotos dos ferimentos
Assista agora mesmo!
Região de Joinville já era habitada há 10 mil anos: conheça os quatro povos anteriores à colonização: