FIESC intermedia reunião para acelerar implantação de terminal de gás natural na Baía da Babitonga
Investimento de R$ 500 milhões e que gerará R$ 320 milhões em ICMS para o estado pode começar a operar no início de 2022
Investimento de R$ 500 milhões e que gerará R$ 320 milhões em ICMS para o estado pode começar a operar no início de 2022
A Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (FIESC) intermediou uma reunião entre os representantes da empresa New Fortress Energy (NFE) e o governo do Estado nesta quinta-feira, 8, com o intuito de acelerar a implantação do Terminal Gás Sul (TGS), de regaseificação de gás natural na Baía da Babitonga, no Norte-Nordeste de Santa Catarina.
“É um empreendimento extremamente necessário para o estado, que atualmente tem uma demanda reprimida, o que está inibindo novos investimentos industriais”, disse o presidente da FIESC, Mario Cezar de Aguiar. “A instalação deste terminal permitirá que Santa Catarina passe a vender o insumo para os outros estados”, acrescentou.
Os representantes da NFE anunciaram que a empresa pode colocar o terminal em operação no início de 2022, desde que superados os entraves que existem atualmente, especialmente o licenciamento ambiental e a anuência da Agência Nacional de Petróleo (ANP) para a conexão ao Gasbol, o gasoduto que faz a distribuição do insumo no Sul do Brasil.
Segundo a empresa, o investimento é de R$ 500 milhões e a estimativa é de gerar uma arrecadação de ICMS ao estado de Santa Catarina de R$ 320 milhões por ano. O terminal permitirá a importação do insumo de qualquer região do planeta, permitindo a conexão de Santa Catarina com o mercado global. O TGS terá capacidade de regaseificação de 15 milhões de metros cúbicos por dia, volume maior do que todo o consumo da região atendida atualmente pelo Gasbol – Sul do Brasil e Mato Grosso do Sul.
“É mais do que uma alternativa para Santa Catarina, é uma necessidade. O terminal vai alterar a matriz energética do estado e beneficiar outras regiões catarinenses, como o Oeste”, ressaltou a governadora Daniela Reinert.
O presidente da Câmara de Energia da FIESC, Otmar Müller, observou que a carência de gás natural está adiando investimentos industriais no Sul do estado e as empresas estão operando com capacidade ociosa. Já no Rio Grande do Sul, ainda segundo Otmar Müller, o fornecimento está ainda mais comprometido, com perda de pressão no gasoduto. A NFE e a SC Gás buscam uma alternativa para minimizar este problema ainda em 2021, com a instalação provisória de uma usina de regaseificação no município de Içara.
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