Fila de cirurgias eletivas em Joinville apresenta tendência de queda, diz Gerência Regional de Saúde
Gerente regional de Saúde afirma que mais cirurgias foram ofertadas
No dia 21 de novembro, a Gerência Regional de Saúde de Santa Catarina apresentou os números da fila de cirurgias eletivas em Joinville à Comissão de Saúde da Câmara de Vereadores. A fila apresenta tendência de queda, conforme destaca a pasta do governo do estado.
De acordo com o gerente regional de Saúde do estado, Thiago Furtado, entre os cerca de 103 mil pacientes na fila entre 2017 e 2021, foi registrada uma diminuição de 50%, com ofertas de cirurgias e saída dos pacientes da fila.
“Essa fila nunca vai zerar, porque os pacientes sempre vão continuar entrando. Hoje, a fila tem 100 mil, mas precisamos entender que a fila é dinâmica. Observamos uma tendência de queda porque tem entrado menos pacientes e os hospitais tem ofertado mais cirurgias”, diz Thiago.
O gerenciamento da fila de cirurgias eletivas é de responsabilidade do governo do estado. O gerente ainda detalha que o número de cirurgias eletivas ofertadas na cidade aumentou. Um dos fatores é a flexibilização das restrições da pandemia.
“Trabalhamos com algumas frentes desde o final do ano passado. Uma delas, é a questão da abordagem junto aos pacientes para depuração das filas, tentando abordar o paciente de alguma forma para ver se ele ainda pretende fazer a cirurgia. A dificuldade realmente é de contato, com cadastro desatualizado ou procuras sem respostas do paciente”.
Além disso, Thiago afirma que foi realizada uma política de transferência de recursos para que os hospitais ofereçam mais cirurgias. Segundo o gerente, um hospital que fazia 40 cirurgias no mês passou a fazer 300. A fila possui pequenas alterações, no entanto, a gerência regional avalia a tendência de queda, pois pacientes antigos, que têm prioridade, estão saindo da fila.
O presidente da Comissão de Saúde da Câmara de Joinville, vereador Wilian Tonezi (Patriota), afirma que, desde que assumiu os trabalhos do grupo no Legislativo, a comissão dá atenção à situação da fila de cirurgias eletivas.
“Todos sabemos que a saúde é de responsabilidade do Município, do estado e da União. O Município tem como principal responsabilidade a atenção básica, os atendimentos de urgência e emergência e as consultas especializadas. Estamos acompanhando as filas e os procedimentos que são de responsabilidade do município”, diz.
Números
Os dados apresentados à Câmara de Joinville em novembro mostram que a fila do Hospital São José tem 3.887 pacientes; do Bethesda, 1.153; do Hospital Regional Hans Dieter Schmidt, 938; do Hospital Infantil Dr. Jeser Amarante Faria, 863; e, na fila de cirurgias oftalmológicas, são 218.
A Gerência Regional de Saúde detalha ainda que a redução entre setembro e outubro deste ano foi de 1,1%. A quantidade de pessoas aguardando procedimento caiu de 7.141 para 7.059.
A dificuldade de contato com as pessoas que estão na fila é um empecilho para redução, conforme detalhou a gerência na apresentação à comissão. Outra situação, envolvendo diretamente o Hospital São José, é a falta de próteses no local.
Procurado pelo jornal O Município Joinville, o hospital afirma que o volume de cirurgias de emergência é alto e essas têm prioridade. As próteses são destinadas também para as cirurgias de emergência e não somente para as eletivas.
“O Hospital São José esclarece que há próteses no hospital, porém alguns tamanhos estão em falta. São realizadas licitações para a compra dos materiais. No entanto, há processos que resultam desertos ou fracassados, situações que ocorrem pela falta de fornecedor que se habilita a participar do processo licitatório, por exemplo”, informa o hospital.
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