Fila para cirurgias bariátricas chega a mais de cinco anos de espera na região de Joinville

Situação foi tema de audiência pública nesta quinta-feira

Fila para cirurgias bariátricas chega a mais de cinco anos de espera na região de Joinville

Situação foi tema de audiência pública nesta quinta-feira

Bernardo Gonçalves | Revisão

A demora na realização de cirurgias bariátricas na região de Joinville foi discutida no plenário da Câmara na tarde desta quinta-feira, 6. Segundo relatos no encontro, pacientes esperam há mais de cinco anos pelo procedimento, que é gerido pelo governo estadual.

O debate sobre a fila das bariátricas foi organizado pelo gabinete do vereador Pastor Ascendino Batista (PSD), que presidiu a reunião pública.

Participaram do encontro, além de pacientes, representantes da saúde estadual e de cidades como Garuva e Balneário Barra do Sul. Esses municípios fazem parte da macrorregião norte e nordeste de Santa Catarina. O novo secretário estadual de saúde, Diogo Demarchi, também compareceu.

Segundo o vereador Pastor Ascendino, as queixas sobre a demora para a cirurgia bariátrica e de retirada do excesso de pele são recorrentes e antigas.

Em Joinville, as cirurgias bariátricas são realizadas por meio do Programa Obesimor do Hospital Regional Hans Dieter Schmidt, unidade própria da Secretaria de Estado da Saúde (SES).

Para o secretário Demarchi, essa foi uma oportunidade de demonstrar de forma clara e transparente como o estado vem trabalhando na atenção a esses pacientes. “Em 2023 iniciamos um programa robusto para enfrentamento das filas de cirurgias eletivas, entre elas, as bariátricas. Entendemos que para ampliar acesso é fundamental ampliar o serviço, e é isso que estamos realizando, trabalhando em várias linhas de atuação. Do ano passado para cá já habilitamos mais dois hospitais, que agora estão aptos a realização desse procedimento”, afirmou.

Foto: Mauro Artur Schlieck/CVJ

Atualmente Santa Catarina conta com oito hospitais para atendimento da Linha de Cuidado ao Paciente com obesidade.

Durante a audiência pública, que contou com a participação de vereadores, comunidade e pacientes, a gerente Regional de Saúde de Joinville, Graziela Vieira, apresentou o cenário atual dos pacientes que aguardam pelo procedimento.

“Realizamos uma depuração da fila. Observamos que havia um erro: pacientes que ainda não possuíam indicações clínicas estavam inseridos no sistema. E isso é muito grave, pois gera uma apreensão no paciente que está aguardando pelo procedimento. Agora, com a abertura do serviço em Mafra, estamos reorganizando e redistribuindo os pacientes que estavam aguardando no Regional de Joinville”, explica.

Além da ampliação da rede, o governo do estado diz que outra linha de atuação foi a implantação da Tabela Catarinense. Com este novo sistema de pagamentos pelos procedimentos, atualmente, o estado realiza uma remuneração de R$ 9.217,50, enquanto, conforme alegação do governo estadual, a Tabela SUS remunera em R$ 6.145.

Quanto à cirurgia de dermolipectomia abdominal pós-bariátrica, o governo do estado afirma que está pagando o dobro do valor estipulado pela Tabela SUS.

Segundo portaria do Ministério da Saúde, para que o paciente seja inserido na fila para cirurgia bariátrica, ele precisa preencher uma série de requisitos, dentre eles está a permanência de no mínimo dois anos no sistema de atenção. As exigências buscam garantir um tratamento amplo e multiprofissional ao paciente, dando acesso a especialistas que vão da nutrição ao acompanhamento psicológico.

Referência

Referência no atendimento de pacientes da região do Planalto Norte/Nordeste, o Hospital Regional Hans Dieter Schmidt já atendeu mais sete mil pacientes com obesidade e sobrepeso dentro do Programa Obesimor. Atualmente, mais de três mil pessoas nesta condição são acompanhadas na unidade, recebendo atendimento multiprofissional.

O governo estadual afirma ainda que durante o tratamento clínico, que faz parte do programa, observa-se a necessidade ou não de encaminhamento cirúrgico, pois diz que muitos pacientes não evoluem para o procedimento.

O governo do estado ressalta ainda que este acompanhamento não significa que os pacientes aguardam cirurgia bariátrica. A diretora do hospital, Aldilete Fantuci, explica que a depuração da fila tem sido realizada de forma contínua. “Temos um serviço de referência e estamos buscando aumentar a capacidade instalada para aprimorar ainda mais o serviço”, complementa.

Confira os hospitais habilitados para cirurgia bariátrica em Santa Catarina:

Hospital Dom Joaquim, de Sombrio;
Hospital Azambuja, de Brusque;
Hospital São Vicente, de Mafra;
Hospital Geral Tereza Ramos, de Lages;
Hospital Regional Hans Dieter Schmidt, de Joinville;
Hospital Universitário, de Florianópolis;
Hospital Santo Antônio, de Blumenau;
Hospital Regional Homero de Miranda Gomes, de São José.

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