Filho de coach de emagrecimento é solto um dia após ser preso pelo Gaeco em Joinville
Ele passou por audiência de custódia
Luis Felipe Martins Francisco, preso em flagrante em Joinville nesta segunda-feira, 27, em uma nova fase da Operação Venefica, foi solto após audiência de custódia nesta terça-feira, 28. Ele é filho de Felipe Francisco, coach de emagrecimento réu da operação, apontado como líder do esquema criminoso.
O Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) cumpriu três mandados de busca e apreensão na cidade. Na operação, encontrou frascos abertos de substâncias semelhantes a anabolizantes no quarto de Luis.
Dois frascos estavam identificados como Testobolin e Masteron. Outro estava dentro de uma bolsa, mas sem identificação. A companheira dele informou aos agentes do Gaeco que seria Trembolona.
Também foram apreendidas duas seringas e três agulhas, além de uma agenda que, segundo o Gaeco, aparentava ter registros da contabilidade da venda de anabolizantes.
Audiência de custódia
O juiz Fernando Rodrigo Busarello considerou que o material apreendido não configura flagrante. No entendimento dele, não há como comprovar a posse dos anabolizantes para venda. “Quantidade irrisória para esta finalidade”, aponta Fernando. Ele ainda acrescenta que as seringas apreendidas sugerem, inclusive, o uso dos anabolizantes.
Sobre a agenda, que teria anotações sobre venda, o juiz afirma que é necessário apurar, mas não é suficiente para o flagrante.
“A defesa reafirma que sua condução ocorreu de maneira ilegal, sem que se apresentassem os requisitos necessários para tal ação, conforme ficou comprovado pelo Poder Judiciário no momento em que o flagrante foi relaxado”, diz Francine Kuhnen, advogada de Luis.
Quem é Luis
Luis é filho de Felipe Francisco, dono da F. Coaching e apontado como líder do esquema criminoso descoberto pela 13ª Promotoria de Justiça do Ministério Público de Santa Catarina (MP-SC).
Os dois são réus da operação Venefica, iniciada em agosto de 2023 pelo Gaeco e pelo Departamento de Investigação Criminal (DIC) de Joinville.
Na época, a investigação apurou a prática de crimes contra a saúde pública e de organização criminosa praticados por donos e funcionários de clínicas de emagrecimento, além de médicos e nutricionistas.
As investigações apuraram que o grupo criminoso receitava e produzia medicamentos voltados para o emagrecimento, ganho de massa magra, aumento de músculos, performance física, entre outros. Parte relevante das fórmulas continha substâncias de venda proibida.
A investigação tramita em sigilo.
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