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Filhote de baleia é encontrado morto na praia da Enseada, em São Francisco do Sul

Esta foi a segunda baleia que encalhou nas praias do litoral Norte neste ano

Filhote de baleia é encontrado morto na praia da Enseada, em São Francisco do Sul

Esta foi a segunda baleia que encalhou nas praias do litoral Norte neste ano

Redação O Município Joinville
Um filhote de baleia foi encontrado boiando na praia da Enseada, em São Francisco do Sul, durante a manhã desta quarta-feira, 20. A Univille, responsável por monitorar o trecho no Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS), foi acionada para identificar a espécie, causas da morte e retirá-la do local.
Quando o animal chegou até a faixa de areia, a equipe técnica do projeto constatou que tratava-se de um filhote de baleia-jubarte, macho, nascido nesta temporada reprodutiva, com 5,6 metros de comprimento e peso estimado em uma tonelada.

Mesmo com um avançado estado de decomposição, a Univille conseguiu coletar amostras para identificar a possível causa da morte. Também foi realizada a coleta de material osteológico, que irá para a coleção do Acervo Biológico Iperoba da

Universidade, em São Francisco do Sul.
Para animais de grande porte, como as baleias, a necropsia é feita na praia e a carcaça enterrada no local do encalhe, conforme orientações do Protocolo de Conduta para Encalhe de Mamíferos Aquáticos da Rede de Encalhe de Mamíferos Aquáticos do Nordeste. Para o caso desta jubarte, a Univille contou com a parceria da prefeitura do município, que disponibilizou uma máquina retroescavadeira para correta destinação da carcaça.
Desde 2015, foram registrados nove encalhes desta espécie no Litoral Norte de Santa Catarina, trecho monitorado pela Univille, sendo este o segundo caso em 2020. O outro animal encontrado neste ano foi registrado e necropsiado na praia de Ubatuba, no dia 20 de agosto.
Segundo o coordenador de pesquisa do Projeto Baleia Jubarte, Milton Marcondes, esta é a quarta baleia-jubarte que encalha no litoral catarinense em 2020 e a 64º na extensão de todo o litoral brasileiro.
Univille/Divulgação

Sobre a espécie

A baleia-jubarte é encontrada em todos os oceanos. Chega ao Brasil entre os meses de julho e novembro, a procura de águas quentes para o período reprodutivo. Abrolhos, na Bahia é um grande berçário da jubarte, a gestação dura cerca de 11 meses. A espécie se alimenta de Krill, um pequeno crustáceo parecido com camarão. Mas, enquanto estão na costa brasileira, as grandonas sobrevivem de suas reservas de gordura.

As nadadeiras peitorais medem cerca de um terço do comprimento total do corpo da baleia-jubarte, daí seu nome científico “Megaptera novaeangliae” que significa “grandes asas” e “Nova Inglaterra” – local da primeira avistagem.

Elas realizam grandes saltos fora d’água e os machos possuem um canto característico para chamarem a atenção das fêmeas. A expectativa de vida da espécie é de 60 anos.

Acione o projeto

O Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS) tem como objetivo avaliar os possíveis impactos das atividades de produção e escoamento de petróleo sobre as aves, tartarugas e mamíferos marinhos. É responsável pelo monitoramento das praias, atendimento veterinário aos animais vivos e necropsia dos animais encontrados mortos.
Realizado desde Laguna (SC) até Saquarema (RJ), foi dividido em 15 trechos. A Univille monitora o Trecho 05, entre Araquari e Itapoá. Por isso, caso a população encontre um animal marinho morto ou debilitado, é necessário acionar a Univille pelos telefones 0800 642 3341, (47) 3471-3816 ou pelo WhatsApp no (47) 99212-9218.

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