Forças de segurança dispersam carreata pela abertura do comércio em Joinville
Segundo comandante da PM, ação foi de orientação para cumprimento do decreto "que busca resguardar vidas "
Segundo comandante da PM, ação foi de orientação para cumprimento do decreto "que busca resguardar vidas "
A carreata marcada para a tarde deste domingo, 29, em Joinville foi dispersada pela Polícia Militar. Os policiais fizeram uma barreira próximo a prefeitura, possível ponto de encontro, e abordou grupos por outros locais da cidade. Abordagens também foram feitas pela guarda municipal e Polícia Civil.
Os manifestantes tinham como objetivo pedir o fim do isolamento social, decretado pelo governo do estado em prevenção ao coronavírus, e a reabertura do comércio.
De acordo com o tenente-coronel Jofrey Santos da Silva, comandante do 8º Batalhão da PM, a ação foi de orientação a população de que não devem se aglomerar.
“Estamos lutando contra um vírus que pouca gente conhecer. O fizemos foi cumprir o decreto que visa salvaguardar as pessoas”, diz.
Segundo o comandante, as medidas tomadas são para cuidar da saúde da população, mas que tem gente querendo achar um inimigo. “O inimigo não está na sociedade. É um organismo microscópico”, afirma o tenente-coronel.
Um dos grupos abordados estava em frente a uma loja da Havan. Segundo o comerciante Adão Oliveira, eles faziam uma parada antes de seguirem para a prefeitura, que seria o ponto de partida, quando foram abordados. Ele conta que policiais fotografaram placas de carros e rostos de manifestantes.
“Não pudemos nos manifestar. Não somos bandidos, não somos vândalos. Foi algo voluntário, ninguém tomou a frente”, se queixa Oliveira. “Saímos de lá, fomos para o 62º Batalhão (de Infantaria do Exército). Lá tinha mais gente e depois fomos pra casa”, conta. Durante esse caminho eles exibiram bandeiras do Brasil e fizeram buzinaço.
O grupo foi para a rua pedir o fim do isolamento social e a reabertura do comércio. “Tá difícil. Não podemos faturar, como vamos pagar as contas?”, questiona o comerciante.
Para ele, muitos governadores estão criando clima de histeria para prejudicar a economia e atingir o presidente Jair Bolsonaro.