Fraude no INSS: saiba como descobrir valores descontados indevidamente da aposentadoria
Estimativa é que mais de R$ 6 bilhões foram desviados desde 2019
Estimativa é que mais de R$ 6 bilhões foram desviados desde 2019
Após a descoberta de um esquema bilionário de fraudes no Instituto Nacional de Seguro Social (INSS), o governo federal elaborou um plano para devolver os valores cobrados de forma indevida.
A estimativa é que mais de R$ 6 bilhões foram desviados desde 2019 pela fraude no INSS. Segundo o governo, os aposentados e pensionistas que tiveram desconto de mensalidade associativa não autorizado no contracheque de abril terão o dinheiro devolvido na próxima folha de pagamento (maio).
As demais mensalidades foram descontinuadas. Além disso, todos os Acordos de Cooperação Técnica (ACT) com entidades e associações em vigor também foram suspensos.
Os valores descontados não reconhecidos pelos beneficiários, ocorridos antes de abril de 2025, serão avaliados pelo grupo da Advocacia Geral da União (AGU).
“Como os descontos foram suspensos, os segurados não precisam solicitar o cancelamento. Também não é necessário ir até uma agência do INSS”, explicou o governo federal, via nota.
Se você é aposentado ou pensionista do INSS e tem dúvidas se houve desconto de mensalidade associativa no seu extrato de pagamentos (contracheque), fique atento ao que fazer e como pedir o ressarcimento.
Fez a consulta e encontrou algum desconto? Confira como pedir a exclusão do débito:
Para solicitar o ressarcimento de valores já descontados em meses anteriores, é preciso entrar em contato direto pelo 0800, que aparece ao lado do nome da entidade no seu contracheque.
Também é importante que seja registrada denúncia sobre descontos não autorizados de associações ou entidades no Portal do Consumidor e na Ouvidoria do INSS, através da plataforma Fala BR.
O ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Vinicius Marques de Carvalho, explicou que a operação de fraude no INSS teve início depois de ter sido identificado o aumento desses descontos e de reclamações de aposentados sobre a situação.
Algumas entidades ofereciam diversos serviços, mas sequer tinham estruturas, como academias, assistência jurídica e planos de saúde.
“Os descontos eram, em sua grande maioria, fraudados em função de falsificação de assinatura, de uma série de artifícios utilizados para simular a manifestação de vontade”, disse o ministro Vinicius. Os investigados podem responder pelos crimes de corrupção ativa, passiva, violação de sigilo funcional, falsificação de documento, organização criminosa e lavagem de capitais.
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