Gaeco apreende 60 veículos e cinco pessoas em nova fase de operação em SC
Operação já prendeu políticos e empresários do estado
A operação Et Pater Filium teve mais uma fase nesta sexta-feira, 19, quando o Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) deu cumprimento a cinco mandados de prisão preventiva e apreendeu 60 veículos (automóveis, caminhões e máquinas pesadas).
As cinco prisões preventivas foram autorizadas pela Justiça após o recebimento de uma nova denúncia da 3ª Promotoria de Justiça de Canoinhas e do Grupo Especial Anticorrupção (Gaec) do Ministério Público de Santa Catarina (MP-SC) contra 11 pessoas, entre elas estão agentes públicos.
A denúncia aponta para uma suposta prática dos crimes de peculato e lavagem ou ocultação de valores. Essa acusação é resultado da sétima fase da operação, que começou em março de 2021.
Bens apreendidos
Foi autorizado a apreensão de bens dos investigados e pessoas envolvidas. Segundo o MP-SC, essa medida tem como objetivo assegurar o efeito da condenação, garantir indenização das vítimas, pagamento das despesas do processo, das possíveis multas das penas e que os acusados não enriqueçam.
Foram apreendidos 51 carros, seis caminhões e três máquinas. Entretanto, existe autorização para o confisco de outros 41 automóveis, quatro caminhões, cinco motocicletas e duas máquinas pesadas. A princípio quatro residências deveriam ser desocupadas para serem utilizadas por projeto sociais de Canoinhas, mas a ação foi suspensa por medida liminar.
Entenda as primeiras fases da operação
Em 27 de agosto de 2021 o MP-SC apresentou a denúncia contra o ex-prefeito de Major Vieira Orildo Antônio Severgnini, o filho dele e os empresários Décio Pacheco e Décio Pacheco Junior. De acordo com a denúncia, os empresários teriam recebido dos cofres públicos de Major Vieira mais de R$ 3,3 milhões.
Orildo foi condenado três vezes e já acumula a pena de mais de 260 anos de reclusão em regime semiaberto. Em outra etapa da sétima fase da Et Pater Filium, o MP-SC tornou réus os ex-prefeitos de Canoinhas e Bela Visto do Toldo por crimes de corrupção, peculato, lavagem de dinheiro, fraude à licitação, organização criminosa e por atrapalhar as investigações.
Foram cumpridos 14 mandados de prisão, além de 47 mandados de busca e apreensão cumpridos nos municípios de Canoinhas, Bela Vista do Toldo, Itaiópolis, Porto União e Bituruna (PR). Segundo o MP-SC, os mandados foram autorizados pelo Tribunal de Justiça do Santa Catarina (TJ-SC) devido ao foro de um dos investigados.
Cerca de 20 pessoas são investigadas por fraudar licitações de transporte escolar em Canoinhas e contratação de caminhões e máquinas pesadas pela prefeitura da cidade.
Já na sexta fase da operação, foram cumpridos três mandados de prisão preventiva e seis de busca e apreensão nos municípios de Papanduva, Monte Castelo, Major Vieira, Santa Cecília e Itajaí.