GALERIA – Moradora de Joinville decora casa com símbolos e cores do Vasco da Gama

Elizete Aparecida fez a “casa vascaína” virar ponto de encontro de grupo de torcedoras

GALERIA – Moradora de Joinville decora casa com símbolos e cores do Vasco da Gama

Elizete Aparecida fez a “casa vascaína” virar ponto de encontro de grupo de torcedoras

Bernardo Gonçalves

A paixão pelo Clube de Regatas Vasco da Gama fez com que Elizete Aparecida da Rosa, de 57 anos, decorasse grande parte da casa onde mora, no bairro Paranaguamirim, em Joinville, com símbolos e cores do clube. São escudos pintados, bandeiras espalhadas, cruzes de malta, além de um mosaico e até uma “lua” do clube.

Ela conta que se apaixonou pelo Vasco quando conheceu o marido, Vanderlei Martins. “A gente casou e eu nunca fui de ficar assistindo jogo, mas, por conta dele, eu comecei e fiquei viciada”, explica.

Além disso, aspectos históricos e lutas contra o preconceito também fizeram com que ela se apaixonasse pelo clube. “Eu amo demais o Vasco da Gama. Foi o primeiro time que aceitou negros. Também é contra a homofobia. É o time do amor e esses valores fizeram com que eu me apegasse”, enfatiza.

Transformando a casa

Com este sentimento, em setembro do ano passado Elizete teve a ideia de decorar todo o imóvel. “Um dia, nós dois estávamos sentados ali na frente e eu disse ‘amor, que tal fazer nossa casa toda vascaína?’ Ele disse ‘você que sabe, se para você está bom, para mim também’”, relembra.

Com isso, entrou em contato com o cunhado, que é desenhista, e ele começou a criar o projeto. Elizete diz que ajudou a cortar as cruzes de malta e também a pintar algumas paredes para o cunhado desenhar depois.

“Eu ajudava uma mãozinha daqui e uma mãozinha dali. Foi aquela empolgação, sabe. E está aí, essa casa maravilhosa que a gente ama demais”, expressa.

Ela conta que o espaço que mais gosta na casa é onde está localizado um mosaico, que fica na parte externa da casa e conta com um desenho na parede e uma mesa decorada.

Elizete sentada ao lado do mosaico. | Foto: Julia Letwinka/O Município Joinville

“Também gosto da cruz de malta, pois somos o time dos guerreiros. A gente sofre, mas sempre estamos com o Vasco da Gama”, ressalta.

Além disso, conta como fez uma “lua” de decoração. “Cortei uma mesa redonda e pedi para que o meu cunhado desenhasse dentro, além de colocar um led dentro.”

“Lua” do Vasco construída por Elizete. | Foto: Julia Letwinka/O Município Joinville

Sala

A parte interna do imóvel também é “recheada” de decoração, sendo a sala o principal local. “Aqui é o nosso cantinho particular do Vasco. Temos champanhe, copos, porta cerveja. É um lugar de alegrias e tristezas”, descreve.

No sofá, um detalhe chama a atenção: a bandeira do Joinville Esporte Clube (JEC). Elizete relata que o Vasco da Gama é o clube do seu coração, mas acredita ser importante apoiar o clube de futebol da cidade onde mora.

Sofás com as bandeiras do Vasco e do JEC. | Foto: Julia Letwinka/O Município Joinville

“A gente mora aqui, então temos que gostar do JEC. Acho que quem mora aqui tem que gostar do JEC, tem que ir lá (na Arena Joinville) ajudar e apoiar, como eu sempre vou”, opina.

Família e as Vascaínas

Elizete conta que, quando familiares viram a casa pronta, falaram que ela era louca e que nunca tinham visto alguém fazer uma coisa assim. “Eu falei que o amor era meu e que iria fazer o que eu quiser”, conta de forma descontraída.

Ela, que já viu cinco jogos do Vasco diretamente do Rio de Janeiro e um em Itajaí – contra o Brusque pela Copa do Brasil -, também fez com que sua casa fosse ponto de encontros do “Clube das Vascaínas”.

Elizete (segunda da esquerda para direita) em reunião das presidentes do Cube das Vascaínas. | Foto: Elizete/Arquivo Pessoal

São aproximadamente 40 mulheres de Joinville, todas torcedoras do Vasco, que se encontram regularmente. “Para ver jogo, conversar, falar sobre problemas, tomar um café, cantar nosso hino. Fazer barulho”, conta.

“É gostoso se reunir, mas na ‘Casa do Vasco’ e não em outros lugares. E se sentir em casa é muito bom”, complementa.

Legado

A torcedora enfatiza que busca deixar um legado com tudo o que fez na residência e os momentos de felicidade que ela lhe proporciona.

“Meu legado é que todos os vascaínos amem o Vasco com amor, sabe. Ele as vezes perde e o povo fala mal. Não falem mal. Ele é nosso e está aqui (no coração). É para sempre e não vai morrer nunca”, finaliza.

Confira fotos da casa:

Foto: Julia Letwinka/O Município Joinville
Foto: Julia Letwinka/O Município Joinville
Foto: Julia Letwinka/O Município Joinville
Foto: Julia Letwinka/O Município Joinville
Foto: Julia Letwinka/O Município Joinville
Foto: Julia Letwinka/O Município Joinville
Foto: Julia Letwinka/O Município Joinville
Foto: Julia Letwinka/O Município Joinville
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