GALERIA – Museu da Dança alia história e inovação com experiências interativas em Joinville

Local conta com exposições interativas e sensoriais

GALERIA – Museu da Dança alia história e inovação com experiências interativas em Joinville

Local conta com exposições interativas e sensoriais

Lara Donnola

Nesta segunda-feira, 21, junto com a abertura do Festival de Dança de Joinville, o Museu da Dança reabriu as portas em um novo espaço mais moderno, interativo e sensorial. O museu fica na rua Orestes Guimarães, 406, anexo ao Saltare Centro de Dança. Durante o festival, o funcionamento ocorre todos os dias das 9h às 17h.

Este é o primeiro museu não virtual dedicado à dança na América Latina. Instalado em sede própria de 700 m², o espaço conta com teatro com capacidade para 200 pessoas e um rico acervo de memórias da dança no país e no mundo, com exposição permanente e experiências imersivas, celebrando a dança em todas as suas formas.

“É não apenas a realização de um sonho de longos anos, mas também o legado que o Instituto oferece para Joinville. Esta é mais uma das ações que destaca a presença do Festival o ano inteiro na cidade”, salienta Ely Diniz, presidente do Instituto Festival de Dança de Joinville.

Monóculo fotográfico com foto do Michael Jackson | Lara Donnola
Lara Donnola
Monóculo fotográfico com foto da Carmen Miranda | Lara Donnola

O museu abriu com a exposição de longa duração “A Dança como Linguagem e Reinvenção da Presença”. Além de um rico acervo de objetos relacionados à dança, a interatividade é destaque nos ambientes, em instalações imersivas e uma estrutura que oferece dinamismo à visitação.

“A ideia é dar a sensação de que se está numa coreografia, o que cria surpresas e um museu mais dinâmico, que vai ao encontro da interatividade e imersão, potencializando a experiência”, explica a arquiteta Paula Delai Ried. A exposição é separada em quatro núcleos – natureza, tecnologia, espetáculo e memória – que se “contaminam” e enriquecem as reflexões sobre a dança.

Lara Donnola

“Com essa disposição, a proposta é pensar a dança no campo expandido e organizar um recorte de um acervo que já existia, múltiplo e diverso, com a tecnologia, propondo a interatividade e a experimentação do espaço”, complementa Isadora Terranova, uma das curadoras da exposição.

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Além de aproveitar diferentes tecnologias imersivas, o visitante pode saber mais sobre os diferentes itens do acervo a partir de QR-codes instalados na exposição. “Há, desde coisas históricas, como sapatos de sapateado do século 19, até tecnologia avançada, holografia, realidade aumentada e a possibilidade de gravar vídeos e depoimentos. O visitante pode participar da construção do museu”, explica Victor Aronis, coordenador-geral do Instituto.

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Já o teatro com capacidade para 200 pessoas pode ser utilizado para diferentes iniciativas, como espetáculos, aulas de dança e workshops. O novo museu foi construído com receita própria do Instituto e recursos do governo estadual por meio do Programa de Incentivo à Cultura (Fundação Catarinense de Cultura) e para o mobiliário do teatro.

Lara Donnola

Mais sobre o novo Museu da Dança de Joinville

O núcleo da natureza propõe a dança como algo elementar, mostrando o movimento da natureza como algo harmônico e em diálogo com a dança. Na sala interativa, a imersão ocorre por meio de ventiladores holográficos e efeitos de iluminação, som e imagem que simulam o voo dos guarás, o crescimento das plantas e as copas das árvores.

Entre os destaques da sala, estão um figurino doado pelo bailarino e coreógrafo Rui Moreira, além de uma vídeo-arte do espetáculo Sagração da Primavera, apresentado no Festival de Dança de Joinville.

Lara Donnola
Lara Donnola

O núcleo da tecnologia é um espaço que reflete sobre as tecnologias produzidas pela dança e para a dança. No acervo, estão programas de espetáculo, sapatilhas antigas, monóculos de teatros ao redor do mundo e outros itens que propõem uma reflexão sobre a cadeia de objetos pensados para essa arte.

Um dos principais espaços simula um palco e suas coxias, permitindo que o visitante sinta-se um trabalhador da dança em contato com o chão de linóleo, as cortinas nobres e os canhões de luz. Em três diferentes telas, coreógrafos e operadores de luz virtuais conversam com o visitante e incentivam a imersão no ambiente.

Já o núcleo do espetáculo é um ambiente que destaca os festivais e apresentações de dança pelo Brasil e o mundo. Entre os destaques, está a coleção de 42 cartazes do Festival de Dança de Joinville e troféus antigos do evento, um deles assinado pela artista plástica Helena Montenegro. O espaço também conta com uma coleção de fotografias e negativos de grupos de todo o país registrados pelo fotógrafo Zanini.

Itens doados | Foto: Lara Donnola
Itens doados | Foto: Lara Donnola

No ambiente dedicado ao espetáculo, figurinos doados pela Escola do Teatro Bolshoi no Brasil e por bailarinos como Ana Botafogo, Cecília Kerche e Marcelo Misailidis também enriquecem o acervo. Além disso, uma sala de dança com projetor e holografia permite que o visitante faça uma aula de dança com a ajuda da tecnologia.

Espaço para aula de dança

O núcleo da memória mostra a dança como memória coletiva e social com cabines que exibem vídeos de diferentes manifestações, como a ballroom e o passinho. Já uma coleção de bonecas evidencia os variados gêneros de dança e manifestações culturais.

No mesmo espaço, uma sala com projetor gera imagens de vários lugares pelo mundo, permitindo que o visitante escolha um deles, selecione uma música e se veja dançando nesses palcos, com a possibilidade de gravar o vídeo interativo.


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