GALERIA – Relembre em imagens como foi o 1º Festival de Dança de Joinville
Edição durou cinco dias e aconteceu nos palcos da Sociedade Harmonia Lyra
Edição durou cinco dias e aconteceu nos palcos da Sociedade Harmonia Lyra
Há 40 anos, o Festival de Dança de Joinville nascia nos palcos da Sociedade Harmonia Lyra, na rua Quinze de Novembro, no Centro. Em meio às chuvas, que devastaram cidades de Santa Catarina, a dança foi o foco do município entre os dias 10 e 15 de julho de 1983.
A ideia de Joinville sediar uma festa da dança começou, de forma concreta, por volta de 1982. Dois nomes foram fundamentais para o surgimento do festival: Carlos Enrique Tafur, que trouxe a ideia para uma reunião, e Albertina Tuma, produtora cultural que abraçou o projeto.
“Estive com a Albertina desde o primeiro momento, foi ela quem levou o festival para frente. Foi a mãe de tudo”, relata Margit Gern Olsen, envolvida com os assuntos culturais desde a primeira edição do festival. Assim que a reunião aconteceu, os trabalhos começaram.
O processo de criação, organização e concretização do projeto aconteceu durante o segundo semestre de 1982 e início de 1983. No início de julho, porém, a realização do evento foi ameaçada quando fortes chuvas atingiram o Sul do Brasil.
“Estava tudo organizado e confirmado. A enchente aconteceu poucos dias antes do evento. O medo de que ninguém iria aparecer foi grande, mas nunca pensamos em cancelar”, explica.
A primeira edição foi realizada em meio ao frio e chuva, que segundo Margit, atrapalhou um pouco, porém não impediu o sucesso do festival. “Todos abraçaram o evento naquele momento. Foi algo muito bonito e simbólico”, relata.
Cerca de 600 bailarinos de 40 grupos se apresentaram no palco de Joinville. “Algo que surpreendeu foi a mobilização dos próprios bailarinos e da população com as vítimas das enchentes de Santa Catarina. Alguns bailarinos destinaram suas premiações para os atingidos”, relembra Margit.
Os ingressos de algumas atrações foram destinados aos desabrigados e afetados pelas enchentes. Também foram realizadas campanhas de arrecadação de alimentos. Outro detalhe era a hospedagem dos bailarinos.
Atualmente, os hotéis e acomodações de Joinville já ficam lotados por conta da chegada dos bailarinos, suas equipes e os turistas. Porém, na época, a situação era ainda pior. Por não ter uma rede hoteleira grande, os bailarinos precisavam ficar hospedados na casa de joinvilenses.
Palacete Schlemm: a mansão de 1930 com detalhes criados por artista alemão: