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Governo anuncia R$ 40 bi para financiamento de salário dos trabalhadores de pequenas e médias empresas

Anúncio da linha de crédito ocorreu na tarde desta sexta-feira em coletiva

Durante coletiva de imprensa, na tarde desta sexta-feira, 27, o governo federal anunciou uma linha de crédito emergencial para pequenas e médias empresas, que financiará salários pelo período de dois meses.

De acordo com informações da coletiva, o programa disponibilizará no máximo R$ 20 bilhões por mês, ou seja, em dois meses será R$ 40 bilhões. O dinheiro será exclusivo para folha de pagamento.

O pronunciamento do presidente Jair Bolsonaro ocorreu no Palácio do Planalto com a presença dos presidentes do Banco Central, Roberto Campos Neto, da Caixa Econômica Federal Pedro Guimarães, e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Gustavo Montezano.

A linha de financiamento deve beneficiar 1,4 milhão de empresas, atingindo 12,2 milhões de trabalhadores. O crédito será destinado a empresas com faturamento anual entre R$ 360 mil a R$ 10 milhões e vai financiar dois meses da folha de pagamento, com volume de R$ 20 bilhões por mês.

Segundo Campos Neto, a medida será operacionalizada pelo BNDES, em parceria com bancos privados. Montezano detalha que 75% deste valor virão do Tesouro Nacional e os outros R$ 15% serão de bancos privados, que assinarão os contratos com as empresas e vão repassar o dinheiro do financiamento direto na conta dos trabalhadores.

Campos Neto explica que quem já tem salário de até dois salários mínimos continuará a tê-lo. Mas, aos funcionários que ganham acima deste valor, o financiamento ficará limitado.

Além disso, a empresa terá 36 meses de carência e 36 meses para pagar o empréstimo e os juros serão de 3,75% ao ano.

Campos Neto também informa que as empresas que contratarem essa linha de crédito não poderão demitir funcionários pelo período de dois meses. “O dinheiro vai direto para a folha de pagamento. A empresa fecha o contrato com o banco, mas o dinheiro vai direto para o funcionário, cai direto no CPF do funcionário. A empresa fica só com a dívida”, explica.

Confira a coletiva abaixo: