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Grupo do Rio de Janeiro ganha prêmio no Festival de Dança de Joinville pela primeira vez

Apresentação aconteceu no sábado

Grupo do Rio de Janeiro ganha prêmio no Festival de Dança de Joinville pela primeira vez

Apresentação aconteceu no sábado

Yasmim Eble

O grupo Cia Livre de Dança, localizado no bairro da Rocinha, no Rio de Janeiro, ganhou pela primeira vez em dez anos uma premiação no Festival de Dança de Joinville. O grupo conquistou o segundo lugar da categoria Danças Populares Brasileiras no inédito Festival da Sapatilha neste sábado, 22. 

A companhia apresentou a coreografia Cafezal, da professora Ana Lúcia Silva, e competiu com outros 40 grupos. A dança apresentada é afro-brasileira. “Neste terceiro ano seguido no festival, viemos com um grupo novo e com 80% de meninas negras. Algo que eu acho fundamental, principalmente quando se trata da dança afro-brasileira”, conta a coreógrafa e professora Ana Lúcia Silva, idealizadora do Cia Livre de Dança. 

Foram quatro meses de ensaio para que as dez meninas aprendessem a coreografia. “A Cia tem 23 anos de existência. Ela nasceu na sala de estar da minha mãe, onde foi meu primeiro espaço de dança”, explica Ana Lúcia.

No espaço, há aulas de balé clássico, jazz e dança afro-brasileira. Outras modalidades estão sendo implementadas também.

Importância cultural

As bailarinas da Cia Livre de Dança têm de 10 a 22 anos e entraram em momentos diferentes da vida no mundo da dança. Karina da Silva, de 20 anos, começou a dançar aos 6 anos, mas apenas aos 19 anos teve contato com a dança afro. 

“Meu primeiro contato com a dança afro foi na companhia. Eu nunca tinha dançado esse estilo antes e foi muito importante para mim. Principalmente conhecer a história do afro e entender o que eu estava dançando”, explica. 

Essa foi a primeira vez que Karina participou do Festival de Dança de Joinville. Livia de Oliveira, 14, também teve sua estreia no palco do maior festival de dança do mundo neste ano. “Foi uma experiência nova porque foi minha primeira vez dançando afro e é uma dança bem cansativa, que exige muito do corpo”, conta Livia. 

Ela começou a dançar aos 4 anos e encara a arte como uma forma de expressão. “A gente frequenta tantos lugares que nos fazem precisar se adequar a padrões. Na dança é totalmente diferente, você se liberta e mostra mais de si mesmo”, completa. 

A jovem Ana Luiza Vieira, 13, viu no estilo afro-brasileiro uma forma de conhecer sua história e a importância cultural do estilo de dança para a história. “Eu não sabia de nada disso e conhecer um pouco do afro me deu uma sensação de pertencimento”, conta. 

Ela começou a dançar aos 2 anos e meio, na iniciação infantil, e parou aos 4 anos. “Eu voltei a dançar aos 8 anos e estou até hoje. A dança é algo precioso para mim e como eu me expresso”, finaliza.


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