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Grupo que atacou Guarapuava, no Paraná, tinha fuzis, dinamites e carros blindados

Objetos serão periciados

Grupo que atacou Guarapuava, no Paraná, tinha fuzis, dinamites e carros blindados

Objetos serão periciados

Brenda Pereira

Autoridades das forças de segurança do Paraná concederam entrevista em coletiva de imprensa na manhã desta segunda-feira, 18, para detalhar a ação de criminosos em Guarapuava entre a noite deste domingo, 17, e a madrugada desta segunda.

Questionado se a ação teria sido uma falha de segurança, já que as autoridades monitoram possíveis ataques, o secretário de Estado da Segurança Pública do Paraná, coronel Romulo Marinho, afirma que “não houve falha” e elogia o trabalho das equipes, que seguiram o plano de contingência e conseguiram com que o grupo não tivesse êxito no objetivo, que era assaltar a Proforte, empresa de logística e transporte de valores.

Como criminosos agiram

Conforme Romulo, cerca de 30 criminosos se envolveram na ação, com aproximadamente oito veículos. Eles tentaram bloquear o 16º Batalhão da Polícia Militar. Porém, os policiais estavam em ronda, perceberam a movimentação e iniciaram o plano de contingência. A primeira ação foi bloquear entradas e saídas da cidade.

Durante a ação, dois policiais foram baleados. Segundo o comandante-geral da Polícia Militar do Paraná, coronel Hudson Teixeira, um dos policiais militares foi atingido por um tiro na cabeça e está em coma no hospital. Um morador também foi ferido. Conforme Romulo, o quadro dele não apresenta risco, assim como o outro policial, que foi atingido por um tiro na perna.

Veículos abandonados

Seis veículos foram deixados para trás, sendo que cinco são blindados, segundo a Polícia Militar. O grupo também abandonou sete fuzis, pistolas, dinamites, coletes e outros itens. “São indivíduos que vieram preparados para em caso de fuga pegar uma área de mata”, diz Hudson.

Informações das redes sociais

Romulo afirma que algumas informações que circulam pelas redes sociais não procedem. Uma delas seria que os criminosos teriam entrado na empresa e feito funcionários de reféns. O secretário diz que isso não aconteceu. Também desmente que armas teriam sido subtraídas.

Um vídeo que circula nas redes mostra um veículo blindado do Exército na rua de Guarapuava. Porém, o secretário afirma que apesar de o Exército estar em condições de operar, não foi necessário atuar.

Segundo Hudson, foram feitas diversas ligações para a PM, informando sobre roubos a bancos e fuga do presídio com objetivo de desestabilizar a atuação dos policiais, para que fossem para outras regiões.

Ele também diz que até o momento não foi confirmado que pessoas foram feitas de reféns.

Ação da Polícia Militar e investigações

Segundo o secretário, o objetivo foi levar o confronto para a área rural da cidade. Agora, as buscas estão concentradas nesta região. Há três helicópteros sobrevoando a cidade na busca por movimentações. Acredita-se que há criminosos feridos, pois há sangue nos veículos, e a Polícia Militar está a procura com auxílio de cães de faro.

A ação deve prosseguir pelos próximos quatro dias. Neste período, as forças de segurança vão colher relatos da população, prosseguir com as buscas e periciar os materiais deixados para trás, para identificar os suspeitos. As polícias Civil e Científica estão prestando apoio.

Romulo afirma que trabalha com a hipótese de que o grupo criminoso seja do estado do Paraná. Porém, ainda é cedo para afirmar de onde seria a quadrilha, tendo em vista que as investigações estão em andamento e há, inclusive, carros com placas de São Paulo.

Crime semelhante a Criciúma

O comandante-geral da PM explica que a ação é semelhante ao que ocorreu em Criciúma, no Sul do estado, e em Araçatuba (SP). Desde lá, a inteligência da PM tem conversado com os demais estados para reforçar a segurança, tendo em vista que o Paraná poderia ser um alvo.


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