Guerreira e de coração bom: amigas descrevem vítima de feminicídio em Joinville
Barbra Amorim Lacerda tinha um salão de beleza e uma oficina mecânica
Barbra Amorim Lacerda, de 32 anos, era uma mãe maravilhosa e uma mulher de coração bom. É assim que Juliana Zimmermann, amiga de infância, descreve a vítima de feminicídio em Joinville nesta terça-feira, 26. Ela foi morta a tiros no bairro Guanabara. O principal suspeito é o ex-marido.
Trabalhadora
A joinvilense havia montado um salão de beleza neste ano. Segundo uma outra amiga, que preferiu não se identificar, a intenção de Barbra era trabalhar de casa e passar mais tempo com a filha, de 3 anos. “Ela era uma mulher incrível, alegre, e era impossível ir no espaço dela e não receber o melhor tratamento possível’, conta.
Barbra também era dona de uma oficina, onde o crime aconteceu. “Ela trabalhou feito louca para levantar aquele lugar”, relata a amiga.
Guerreira
Juliana conta que Barbra era uma mulher guerreira. Cuidava da família e era uma mãe, filha e amiga “sem igual”, e que mesmo nas dificuldades, não reclamava. “Apenas lutava por sua filha”, complementa.
A outra amiga também destaca a dedicação de Barbra pela filha. “Mesmo trabalhando dava um jeito de ser presente”.
Mulher alegre
As amigas destacam que Barbra era uma mulher alegre. “Sempre vou lembrar de quando ela chegava, levando seu sorriso e alegria”, afirma Juliana. “Pessoa maravilhosa, de coração bom”, completa.
A outra amiga, conta que Barbra era uma mulher incrível e estava sempre tentando agradar.
“Queremos justiça”
O principal suspeito de cometer o crime é o ex-marido de Barbra. Eles ficaram juntos por sete anos e o homem não teria aceitado bem o término do relacionamento. Até a manhã desta quarta-feira, 27, o suspeito ainda não havia sido localizado pela polícia.
Juliana diz que quer justiça. “Quantas Barbra vão ter que morrer para mudar nossa justiça?”, questiona.
Uma das amigas relata que Barbra foi agredida pelo ex-marido. Foi registrado um boletim de ocorrência e expedido uma medida protetiva contra ele. Ela chegou a se mudar para Francisco do Sul, para ficar com a família, mas voltou a Joinville para trabalhar na oficina.
“Eu percebia que de um tempo pra cá ela estava sempre triste e as vezes pelos cantos dava pra ver que tinha chorado”, conta a amiga.
Nesta semana, a amiga estava combinando de ver Barbra. “Mas acabei não indo, a gente sempre acha que vai ter mais tempo, né”.
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