“Há distâncias muito piores do que a física”, diz bispo de Joinville sobre Páscoa na quarentena
Para Dom Francisco, este é o momento de trazer um novo significado à celebração
Para Dom Francisco, este é o momento de trazer um novo significado à celebração
Neste cenário atual de pandemia da Covid-19 e com as orientações de isolamento social do governo e das autoridades de saúde, a Páscoa neste ano será diferente. Sem as igrejas cheias e com os comércios fechados, as famílias cristãs terão de relembrar a ressurreição de Jesus Cristo sem sair de suas casas. Para o bispo da Diocese de Joinville, Dom Francisco Carlos Bach, este é o momento de ressignificação da Páscoa.
“A Páscoa continua vigorosa como sempre, pois cada Páscoa atualiza a ressurreição de Cristo. Páscoa é vida nova, é tempo de recomeçar. Papai do céu tem um projeto para cada um de nós”, diz o bispo.
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Dom Francisco afirma que há distâncias muito piores que a física, como também há pessoas que, embora estejam distantes, vivem próximas. Para ele, somente a presença física não basta. “Muito pior que a distância física é a distância da discórdia, da indiferença e da falta de amor.”
Na situação atual, onde foram implantadas barreiras no convívio social, o bispo pede que reflexões sejam feitas acerca da crise que se estabeleceu no mundo. Mesmo na pandemia, o presbítero diz que enxerga comprometimento da população com a vida alheia.
“Em tempos difíceis, não faltam mãos que curam, que consolam, que produzem alimentos, mãos que mantém os serviços essenciais, que vão ao encontro dos mais necessitados”, reflete.
Para enfrentar as dificuldades geradas pela pandemia, o bispo pede coragem, fé e aproximação entre as famílias, mesmo que distantes fisicamente.
“Embora possa parecer escuro o horizonte da humanidade, celebramos o triunfo esplendoroso da alegria pascal. A Páscoa traz consigo a mensagem da vida libertada da morte. Que vença o respeito pela vida, que vençam os pensamentos de vida nova e de solidariedade”, finaliza o bispo.
A Páscoa será celebrada no próximo domingo, 12. Portanto, mesmo com as determinações de isolamento social, as missas e celebrações serão realizadas pelos padres, sem a presença de fiéis, e com transmissão ao vivo pelas redes sociais das igrejas.