Homem acusado de matar detento asfixiado vai a júri popular em Joinville
Suspeito afirma que não cometeu o crime, mas assumiu a autoria por dívidas com facção criminosa
Suspeito afirma que não cometeu o crime, mas assumiu a autoria por dívidas com facção criminosa
Um homem acusado de matar um detento asfixiado no Presídio Regional de Joinville teve recurso de liberdade negado pela Justiça e irá a júri popular.
Ele é acusado de participar do assassinato de Milton Machado, morto após ser asfixiado em agosto de 2018, no presídio, após voltar do banho de sol. Quatro pessoas teriam participado do crime. Um estrangulou a vítima e os demais teriam auxiliado a encobrir o crime, simulando que a vítima tivesse se suicidado.
De acordo com a denúncia do Ministério Público de Santa Catarina (MP-SC), a ação foi filmada pelos homens. O motivo teria sido uma disputa entre duas facções criminosas.
Um agente prisional afirma que, no dia, ouviu pedidos de socorro e, ao chegar no local, encontrou a vítima já sem vida, com arranhões nas costas e pescoço, além de “marcas de dedos” no pescoço.
Segundo os autos, a ala é destinada a presos sem envolvimento com facção criminosa, mas um ou outro acaba entrando porque mente durante a triagem.
O acusado afirma que já foi membro de facção criminosa, mas foi excluído em 2008, permanecendo com uma dívida de R$ 2 mil. Por isso, passou a receber ordens vindas de outras galerias, de membros da organização, para assumir a autoria do crime e “quitar” a dívida.
A Justiça cita que não pôde definir o nível de participação de cada um no crime. “Ministério Público abusa da acusação genérica porque não conseguiu provar quem de fato tirou a vida da vítima”, diz a decisão judicial.
Outras duas pessoas envolvidas no crime foram a júri no ano passado e foram condenados a 18 e 20 anos de prisão em regime fechado.
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