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Homem acusado de matar mulher é condenado em júri popular no Litoral Norte

Outros dois réus foram absolvidos, mas promotoria recorreu da absolvição

Os três acusados de assassinar Débora Custódio Arruda, de 56 anos, foram julgados no fim de novembro e somente um deles foi condenado em Balneário Piçarras pelo júri popular. A pena foi de 15 anos de reclusão em regime fechado por homicídio mediante recurso que dificultou a defesa da vítima.
O crime aconteceu em maio de 2022 em Piçarras e o carro da vítima foi encontrado dias depois em Guaratuba (PR). O corpo de Débora foi localizado em Joinville, descoberto por um cachorro dois meses após o desaparecimento dela, em avançado estado de decomposição.

Segundo a denúncia do Ministério Público de Santa Catarina (MP-SC), entre os dias 6 e 7 de maio de 2022, Débora encontrou o condenado em frente a um supermercado no bairro Itacolomi e parou o carro para conversar com ele.

Após o encontro, os dois seguiram no veículo da vítima. No trajeto, pararam o carro para que os outros dois réus entrassem. O quarteto se dirigiu até “uma praia do município”, conforme os réus. Lá, teriam consumido bebida alcoólica e drogas.

Em seguida, já com a vítima não mais ao volante, um dos passageiros a estrangulou, o outro cooperou com a ação e o terceiro permaneceu na direção. Logo após matar a vítima, o trio abandonou o corpo em Joinville e buscou atendimento em uma clínica de reabilitação de dependentes químicos na cidade de Guaratuba.

Lá, um dos envolvidos teria se arrependido do homicídio, contando o fato para um pastor, que o levou até a delegacia, onde confessou o delito. A partir da confissão e dos elementos de prova colhidos pela investigação da Polícia Civil de Balneário Piçarras, os homens foram presos cerca de um mês depois do crime.

O carro da vítima foi visto pelas câmeras do pedágio na BR-101, em Araquari, e localizado depois em Guaratuba, no litoral paranaense. Dentro, havia pertences de um dos réus. Os restos mortais da vítima foram encontrados por um cachorro de um policial militar na cidade de Joinville dois meses após a morte, conforme consta na ata do júri.

De acordo com a investigação policial e o depoimento em juízo de um agente de Polícia Civil que participou da investigação, o assassinato da vítima teria ocorrido ainda em Balneário Piçarras.

O juízo da 2ª Vara da Comarca de Balneário Piçarras manteve a prisão preventiva do condenado e negou a ele o direito de recorrer da sentença em liberdade. Os corréus no processo foram absolvidos pelo Conselho de Sentença. Porém, a Promotoria de Justiça já recorreu da absolvição.

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