Homem condenado por sequestro de idoso em Joinville tem pedido de anulação de júri negado
Defesa pediu novo julgamento
Defesa pediu novo julgamento
O Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJ-SC) negou um recurso de apelação de Edivaldo Copati Lemes, condenado por extorsão mediante sequestro do joinvilense Agostinho Boso, de 65 anos, em dezembro de 2020. Segundo a defesa do acusado, havia contradições na decisão dos jurados.
Na decisão, publicada na última terça-feira, 2, o TJ-SC relata que não percebe a presença de contradição na decisão, pois o réu foi condenado o recorrente pelo delito de extorsão mediante a sequestro, mas “o absorveram do delito de posse de munição, referente aos artefatos bélicos que foram encontrados no cativeiro”.
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Ainda é relatado que Edivaldo, na sessão do Tribunal do Júri, afirmou que participou ativamente do sequestro, pois ligou para a família da vítima para pedir o pagamento do resgate. E também afirmou ser o responsável por confirmar caso a família realizasse o depósito do dinheiro.
Na decisão, a desembargadora Hildemar Meneguzzi de Carvalho cita Guilherme de Souza Nucci para justificar a recusa do recurso. “Não cabe a anulação do julgamento, quando os jurados optam por uma das correntes de interpretação da prova possíveis de surgir”, pois “não se trata de decisão manifestamente contrária à prova dos autos, mas se situa no campo da interpretação da prova, o que é bem diferente”.
Edivaldo Copati Lemes foi condenado, após nove horas de júri, a uma pena de 24 anos de prisão em regime fechado por extorsão mediante sequestro de um idoso em Joinville. Ele também foi acusado de tentativa de homicídio qualificado contra um policial civil no mesmo processo, mas foi absolvido por insuficiência de provas.
No mesmo documento, dois outros acusados foram absolvidos por não existirem provas suficientes para a condenação pelos crimes de tentativa de homicídio e sequestro. A condenação aconteceu no dia 16 de fevereiro deste ano.
O crime aconteceu em dezembro de 2020, na rua Antônio G. da Silva, no bairro Boehmerwald. Edivaldo e outros denunciados solicitaram por telefone o serviço de guincho para a vítima. Ao chegar no local, a vítima foi sequestrada e levada para um imóvel na zona rural de Guaratuba, cidade do Paraná.
Lá, a vítima ficou em cárcere privado, com as mãos e pés acorrentados, sem água ou comida. O caso foi descoberto no dia 28 de dezembro de 2020. Os sequestradores pediram por R$ 200 mil para libertar a vítima. A vítima foi liberta no dia 30 de dezembro de 2020.
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