Homem é preso por matar e estuprar jovem em Blumenau; ele cometeu crime parecido em Joinville

Crimes aconteceram em intervalo de quase três anos

Homem é preso por matar e estuprar jovem em Blumenau; ele cometeu crime parecido em Joinville

Crimes aconteceram em intervalo de quase três anos

Fred Romano

*Colaboraram: Iáscara Zultanski, Marlos Glatz e Víctor Guerreiro

A Polícia Civil, através da Divisão de Investigação Criminal (DIC), prendeu na manhã desta quinta-feira, 21, o autor do homicídio contra Fernanda Aline Reinard, de 25 anos, em Blumenau. Ele também é acusado de matar Vanessa de Lima, de 25 anos, em Joinville em julho de 2021.

Segundo o delegado Ronnie Esteves, da Polícia Civil de Blumenau, os dois crimes têm semelhanças. Ambas as vítimas eram mulheres de 25 anos e foram mortas no local onde moravam. O autor do crime deu facadas nas duas. Além disso, os homicídios também têm relações com crimes sexuais.

Ainda conforme o delegado, não houve trabalho em conjunto entre as polícias das duas cidades.

Homicídio em Joinville

Vanessa foi encontrada morta embaixo da cama em Joinville e teria sido assassinada por se recusar a fazer sexo com o colega de apartamento. A jovem foi morta com 14 facadas, na frente do filho de um 1 ano e 8 meses. O crime aconteceu no dia 23 de julho de 2021 no bairro Paranaguamirim.

Em seguida, ele escondeu o corpo de Vanessa embaixo de uma cama e abandonou a criança em uma rua vazia, na madrugada de inverno, a considerável distância do apartamento, apenas de fralda e regata. A criança apenas foi encontrada às 6h do dia seguinte, com o corpo frio, vagando sozinha pelas ruas.

O réu foi denunciado pelo MP-SC, ainda, por abandono de incapaz, já que teria largado a criança na rua, e fraude processual, pois teria alterado a cena do crime ao esconder o corpo e lavar a casa e as roupas, na intenção de encobrir os vestígios.

Homicídio em Blumenau

Conforme a investigação, Fernanda se mudou para a kitnet na manhã de sábado, 9 de março. Ela ficou pouco tempo no local, não conversou direito com os vizinhos, apenas um oi rápido. Em seguida, ela tinha uma confraternização com os amigos do local onde trabalhava, então só voltou para casa de madrugada.

“O homem afirmou que viu Fernanda chegando em casa por volta das 2h, e que por volta das 4h30, ele decidiu que iria até a casa da vítima. Segundo o apurado, ele até mandou mensagens para uma mulher, por meio de mensagens no celular, dizendo que iria até a casa da nova vizinha e iria abusar dela. Ele ainda pediu, que caso ele fosse preso, que ela avisasse a família e acionasse um advogado. Até o momento, essa mulher não foi investigada, pois não deu nenhum apoio ao homem, mas não é descartado nada”, conta o delegado.

Ainda, como a investigação mostrou, por volta das 4h45, ele foi até a casa de Fernanda, e entrou pela janela. As câmeras dos vizinhos, embora não mostrassem a casa da vítima, captaram som e mostraram o momento que luzes da parte externa acenderam. Por meio da câmera, foi possível ouvir gritos de socorro de Fernanda.

O homem chegou a confirmar a ação. Segundo o relato, ele entrou na casa de Fernanda pela janela, e trancou a porta da frente. No momento que entrou na casa, a vítima estava dormindo.

Apesar da morte ter sido confirmada por asfixia, com um cabo de energia, o homem também feriu Fernanda com quatro facadas na região do pescoço e ombros, além de ter estuprado ela. Ainda conforme o relato dele, ela tentou resistir aos ataques.

No relato, o homem ainda contou que após o crime, como estava ensanguentado, ele tomou banho no banheiro de Fernanda, pegou o aparelho da TV e voltou para casa. Conforme o delegado, as investigações confirmaram que o homem é o culpado da morte de Fernanda.

Ainda conforme a investigação, o homem tem 28 anos e é natural do Paraná, e morava em Santa Catarina há cerca de dois anos. Ele tinha uma medida cautelar, por conta do crime em Joinville, e algumas medidas para cumprir, que não estava cumprindo. Além disso, ele trabalhava em uma empresa da região.

O caso

Fernanda Aline Reinard, de 25 anos, foi encontrada morta dentro de casa no dia 11 anos de março por um colega de trabalho na rua Henrique Griebel, no bairro Itoupava Central. Inicialmente, os investigadores não confirmaram que se tratava de um homicídio, por mais que tivessem indícios.

Segundo as informações da Polícia Militar, a vítima morava sozinha e não respondia mensagens de amigos ou familiares desde o dia 9, um sábado. Na segunda-feira, 11, quando ela não apareceu no trabalho, um colega foi até a casa para verificar se ela estava bem e encontrou o corpo da vítima, acionando os policiais em seguida.

Até então, os investigadores não haviam confirmado que a morte dela se tratava de um homicídio. Agora com a prisão do homem, nesta quinta-feira, e com as investigações, foi comprovado que a mulher foi morta.

Investigação e depoimentos

Após a prisão, a Polícia Civil realizou uma coletiva de imprensa, na qual divulgou mais informações sobre a investigação. Durante a coletiva, o delegado Ronnie explicou que logo que a Polícia Civil tomou conhecimento do caso, já iniciou as investigações. Fernanda morava num complexo com seis kitnets.

Para iniciar as investigações, os policiais pegaram imagens de câmeras de locais próximos à casa de Fernanda. Dessa forma, foi possível identificar que o homem suspeito morava em uma das kitnets e era vizinho da vítima. Após identificar quem era o homem, foi descoberto que ele já havia cometido um crime em Joinville, em 2021, contra Vanessa, também de 25 anos.

Na quarta-feira, 20, os policiais foram até o complexo de kitnets para conversar com os moradores, e conversaram com o homem que cometeu o crime. Durante o relato, ele contou para os policiais, que havia ouvido gritos de socorro, mas que achava que a vítima estava tendo relações com o namorado, então não fez nada.

Durante a investigação, os policiais perceberam que a TV da vítima havia sido furtada, então pediram por um mandado de busca e apreensão. Enquanto estavam na casa do homem, investigaram a TV dele e viram que o login do aparelho ainda estava no nome de Fernanda. O homem ainda afirmou que havia comprado a TV há cerca de três meses, mas na delegacia, ele acabou confessando o crime.

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