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Homem que matou esposa youtuber para ficar com motorhome é condenado em Indaial; veja pena

Crime aconteceu em 2022

O cubano Avilio Feliz Rodriguez Mesa foi condenado nesta quinta-feira, 11, pelo assassinato da youtuber Ivani Hoeff D’Agostini Costa, de 56 anos, a 18 anos de prisão em regime fechado.

O crime aconteceu em 5 de junho de 2022 quando o homem, nas margens do ribeirão localizado nos fundos da Igreja Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, na localidade de Alto Warnow, golpeou a cabeça da vítima e provocou a sua queda no rio.

Ivani morreu afogada. O Tribunal do Júri de Indaial concordou que o crime foi praticado por motivo torpe, porque o homem teria matado a vítima para garantir o motorhome em que o casal viajava, que estaria destinado a ele em testamento.

Os jurados reconheceram, ainda, que o crime foi qualificado por dissimulação – uma vez que o réu teria ocultado o plano para matar a vítima, levando-a em estado de saúde debilitado até um local ermo -, por ser cometido com recurso que dificultou a defesa da vítima e por se caracterizar como feminicídio.

O Juízo manteve a prisão preventiva do réu pela gravidade da conduta, que revela sua periculosidade e põe em risco a ordem pública, bem como por sua nacionalidade estrangeira, gerando risco de fuga do Brasil.

O caso

Segundo o júri, a vítima havia feito um procedimento cirúrgico no pulso. A intenção do casal, que viajava com o motorhome, era ir a Curitiba. O homem convenceu a companheira a mudar a rota e passar por Indaial, no local onde dias antes eles haviam acampado.

O pretexto era tirar novas fotos e permanecer lá por pelo menos um dia. Eles estacionaram o veículo em um local pouco habitado, próximo a um ribeirão, nos fundos de uma igreja católica em Alto Warnow, zona rural de Indaial.

Foi então que Mesa levou a companheira à beira do ribeirão e a golpeou pelas costas com um objeto não identificado, causando-lhe uma lesão na cabeça, conforme apontado no laudo pericial. A vítima tinha problemas no joelho e no tornozelo e tinha passado por uma cirurgia no pulso no dia anterior. Ao ser agredida pelo companheiro, teria desfalecido e caído no rio.

O réu a deixou no local, e a causa da morte atestada na perícia foi asfixia por afogamento. De acordo com os autos, o acusado tramou a morte da mulher para ficar com o motorhome, deixado em testamento para ele.

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