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Homem que não aceitava término é condenado por tentar matar ex-companheira a facadas em Joinville

Crime aconteceu em janeiro de 2020

Um homem foi condenado há 18 anos de prisão acusado de ter tentado matar a ex-companheira a facadas porque não aceitava o fim do relacionamento. O réu foi julgado nesta quinta-feira, 7, pelo Tribunal de Justiça, em Joinville.

A denúncia foi realizada pelo Ministério Público (MP-SC), por meio dos promotor Marcelo Sebastião Netto de Campos. Na denúncia, o MP-SC afirmou que a tentativa de homicídio foi praticada por motivo torpe, porque o homem não aceitava a separação com a vítima.

Além disso, a promotoria também defendeu a ação dificultou a reação da vítima, pois ele teria atingido a mulher pelas costas, com cinco golpes de faca. Também foi sugerida a qualificadora de feminicídio. Para o MP-SC o ataque contra a vítima se deu por conta do seu gênero feminino, mantendo a hierarquia da violência doméstica contra a mulher.

Após julgamento, o Conselho de Sentença condenou o homem por tentativa de homicídio com as três qualificadoras: feminicídio, motivo torpe e dificuldade de reação da vítima.

O crime aconteceu em 21 de janeiro de 2020, em um restaurante do bairro Santo Antônio. A vítima trabalhava no estabelecimento e foi morta no local.

De acordo com a denúncia, inconformado com o término do relacionamento, o acusado foi até o trabalho da ex-companheira. Como o atendimento externo do restaurante já havia sido encerrado, estavam no momento do crime apenas a dona do estabelecimento e outros dois funcionários.

Ao ver a ex-companheira andando em direção ao banheiro, o réu deu início à ação. Ele a atacou pelas costas com pelo menos cinco golpes de faca, o que teria dificultado a defesa da vítima, apontou o MP-SC.

Em seguida, o homem fugiu do local e a vítima foi socorrida e encaminhada ao pronto atendimento de saúde, tendo sobrevivido ao ataque.

Já o acusado foi preso em flagrante no pedágio da rodovia de São José dos Pinhais (PR). Ele viajava como passageiro em carro de aplicativo de carona. A intenção, segundo o motorista, era seguir para a cidade de São Paulo (SP).

Em interrogatório, o acusado admitiu ter sido o autor dos golpes que atingiram a vítima. Ele também declarou que pretendia agredir a vítima apenas para “dar um susto” e acreditava que com isso poderiam se reaproximar. Mas, durante a agressão, percebeu que não seria correto e desistiu.

Preso em flagrante, o réu está sendo mantido no Presídio Regional de Joinville e agora cumprirá a sentença.

A sessão de julgamento foi presidida pela juíza Regina Aparecida Soares Ferreira, titular da Vara do Tribunal do Júri da comarca de Joinville. Atuaram como advogados de defesa do réu Deise Kohler e Jonathan Moreira dos Santos.


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