Homem que tentou matar ex-mulher na beira da praia em Balneário Camboriú é condenado

Ele não aceitava o fim do relacionamento

Homem que tentou matar ex-mulher na beira da praia em Balneário Camboriú é condenado

Ele não aceitava o fim do relacionamento

O homem que atirou contra a ex-mulher na orla da Praia Central, em Balneário Camboriú, e depois tentou tirar a própria vida foi condenado. A tentativa de feminicídio aconteceu na noite de 24 de fevereiro deste ano, na faixa de areia da Praia Central.


Segundo a denúncia da 8ª Promotoria de Justiça da comarca, o réu efetuou dois disparos de arma de fogo contra a ex-companheira: o primeiro contra o peito e o segundo contra a cabeça, quando a vítima já estava caída ao chão.

O homem foi sentenciado a nove anos e quatro meses de reclusão pelo Tribunal do Júri na última semana. O Ministério Público de Santa Catarina (MP-SC) deve recorrer do resultado para aumentar a pena.

Investigação e condenação

O Conselho de Sentença acatou a tese do MP-SC para condenar o réu pelo crime de tentativa de homicídio triplamente qualificado pelo feminicídio, por motivo fútil e por ter sido praticado mediante recurso que dificultou a defesa da vítima, na forma da violência doméstica e familiar.

A Promotora de Justiça Ariane Bulla Jaquier representou o MP-SC no Tribunal do Júri, defendendo, inclusive, que o crime foi premeditado.

O réu e a vítima mantinham um relacionamento que durou, aproximadamente, 22 anos. No momento do crime, estariam conversando para acertar os detalhes da separação. O homem não aceitava o fim da relação e surpreendeu a ex-mulher sacando a arma de fogo e efetuando dois disparos contra ela.

A vítima teve ferimentos na cabeça e no tórax, assim como lesões de defesa no braço e na mão. Ela foi socorrida por pessoas que passavam pelo local – uma região com fluxo intenso de moradores e turistas. O Corpo de Bombeiros foi acionado.

A vítima foi encaminhada ao hospital, o que impediu o agravamento de seu estado. Após disparar contra a vítima, o réu atirou contra si na região da boca, mas também sobreviveu.

O tribunal manteve a prisão preventiva do réu e decidiu que não era possível substituir a pena por uma mais branda, devido ao crime violento cometido cometido contra a vida.


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