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Homem se irrita com apresentação sobre maconha em escola de SC e chama polícia; PM não vê crime

Polícia assistiu à apresentação dos estudantes

Os preparativos para uma apresentação sobre maconha na feira de ciências da Escola de Educação Básica (EEB) Feliciano Pires, em Brusque, Santa Catarina, irritou um homem, que seria pai de um aluno. Em um vídeo, ele diz que se trata de “apologia ao crime” e, posteriormente, chamou a polícia.

De acordo com a Coordenadoria Regional de Educação (CRE) de Brusque, que emitiu nota oficial sobre o assunto, a polícia foi até o local, assistiu à apresentação dos estudantes e, conforme está escrito no documento, “constatou que não havia nenhum tipo de crime, apologia ao crime ou ao uso de drogas”.

No vídeo, o homem aponta a câmera para um cartaz colado no muro, escrito “como a maconha salvou meu pai”. Além disso, mostrou os estudantes que preparavam a apresentação e reforçou que, segundo ele, se tratava de apologia ao crime.

O diretor da escola foi até o local e conversou com o homem, conforme consta na nota da CRE. No entanto, mesmo assim, a polícia foi acionada. A coordenadoria afirma ainda que o tema da feira de ciências é saúde, e o vídeo divulgado está fora de contexto.

Confira nota da CRE de Brusque:

A Coordenadoria Regional de Educação de Brusque vem a público informar que, após um hiato de quase dez anos, a EEB Feliciano Pires volta a promover uma feira de ciências. O tema desta edição é “feira de ciências da saúde”, e foi organizada pelos professores das áreas ligadas às Ciências da Natureza, totalizando mais de 40 trabalhos.

Os trabalhos dos estudantes do 9° ano do Ensino Fundamental e do Ensino Médio, que estão sendo avaliados na feira, trazem como foco central o tema saúde, sendo esta preventiva ou tratamentos de doenças, das mais diversas características.

O grupo que aparece na imagem vinculada, absolutamente fora de contexto, traz como tema o uso do Canabidiol e outros compostos a base de cannabis ativa, substância esta aprovada para fins medicinais por meio de diversas resoluções e indicadas para diversos tratamentos.

No momento da montagem dos estandes, antes do início da Feira, um pai de aluno causou grande tumulto na unidade, pois, ao ver o tema do trabalho, inconformado, pegou seu smartphone e passou a realizar filmagens e acusar a escola e seus professores de apologia ao crime e ao uso de drogas.

Após causar grande constrangimento e um princípio de confusão, foi abordado pelo diretor da escola, que procurou acalmá-lo e questionou se o mesmo havia entendido o contexto do evento e o trabalho. O mesmo não mostrou-se aberto ao diálogo, repetindo que a escola estaria fazendo apologia ao crime e ao uso de drogas.

Foi de iniciativa do mesmo acionar a Polícia Militar. Na chegada dos policiais, a direção e os professores informaram aos agentes o contexto da apresentação e que a feira não havia começado ainda, sendo a gravação e o tumulto causados durante a montagem dos estandes.

A guarnição da Polícia Militar que atendeu a ocorrência assistiu a apresentação dos trabalhos em questão e constatou que não havia nenhum tipo de crime, apologia ao crime ou ao uso de drogas, conforme boletim de ocorrência lavrado no local do acontecimento.

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