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Idosa de Joinville cai em golpe e perde R$ 11 mil

Estelionatário se identificou como funcionário de um banco para aplicar o golpe contra a mulher

A aposentada Zenir de Brida Koepp, 80 anos, foi vítima de um golpe de estelionato. Os criminosos entraram em contato com a idosa na segunda-feira, 27, conseguiram os dados do seu cartão de crédito e gastaram R$ 11 mil. Segundo a Polícia Civil, o crime é comum em Joinville.

Zenir estava sozinha em sua casa, no bairro Vila Nova, quando recebeu uma ligação. No outro lado da linha, uma mulher se identificou como funcionária da Caixa. Ela comunicou à idosa que o cartão dela havia sido clonado e que uma compra de R$ 1.900 teria sido realizada em um supermercado.

A neta da vítima, que preferiu não se identificar, conta que a avó ficou muito nervosa ao receber a informação. Zenir não teve acesso a aplicativos de segurança, como o Internet Banking, para conferir se a informação repassada era verdadeira, conta a neta.

Ainda no telefone, a mulher orientou que a aposentada cancelasse a conta. Devido a pandemia do coronavírus, a suposta funcionária sugeriu que ela não fosse ao banco, mas que um funcionário iria até a sua casa para pegar alguns documentos.

Logo depois, um homem com um crachá da Caixa foi até o endereço da idosa. Ainda no telefone, a mulher confirmou os dados da conta de Zenir, que entregou seus documentos ao suposto servidor do banco.

Após quinze minutos, o cartão de crédito da aposentada começou a ser utilizado. Ao todo, Zenir ficou devendo R$ 11 mil por compras que não realizou. Na terça-feira, 28, ela e a neta foram até a Caixa para cancelar a conta e o cartão. A solicitação para ressarcimento do valor foi feita. No mesmo dia, as duas foram até a 5º Delegacia de Polícia (DP) fazer um Boletim de Ocorrência (BO).

Uma das coisas que mais impressionaram a neta de Zenir foi a informação de que o golpe seria bastante comum na cidade. Ela conta que o fato do homem estar com um crachá da Caixa e todo o cenário da pandemia, com cuidado para que os idosos fiquem isolados, contribuíram para que a avó caísse no golpe.

Crime de estelionato é comum na cidade

Segundo o delegado Franklin Firmeza, da 5º DP, golpes de estelionato são comuns na cidade. De modo geral, os criminosos se identificam como funcionários de banco ou como policiais federais.

Para disfarçar a ação, muitas vezes eles pedem que a vítima corte o cartão, mas não sem antes pedir todas as informações da conta.

O delegado explica que bancos nunca fazem esse tipo de contato com o cliente. No máximo, dependendo do valor e localidade da compra, entram em contato para confirmar a ação, mas que documentos e dados nunca são pedidos por telefone.

Para evitar cair neste tipo de golpe, a orientação da polícia é que as informações pessoas e de contas nunca sejam passadas por telefone. Outro cuidado seria em relação ao código de segurança do cartão, localizado em seu verso, composto por três dígitos.

No caso de Zenir, um levantamento preliminar já começou a ser feito. O fato de terem câmeras no local, que puderam captar o rosto do suspeito, pode contribuir com a identificação dos estelionatários e o avanço da investigação.