Indicações dos vereadores representam 32% das demandas nas subprefeituras de Joinville
Gerentes das subprefeituras prestaram contas das ações no primeiro semestre deste ano
Gerentes das subprefeituras prestaram contas das ações no primeiro semestre deste ano
Os gerentes das oito subprefeituras de Joinville prestaram contas das ações realizadas no primeiro semestre de 2021. Na apresentação, feita na reunião de Urbanismo desta terça-feira, 27, os gerentes mostraram que 32% das demandas atendidas tiveram origem nas indicações dos 19 vereadores de Joinville. As indicações são proposições que os vereadores apresentam para sugerir medidas administrativas pontuais de interesse público.
Entre as ordens de serviços mais atendidas pelas subprefeituras estão a manutenção de vias públicas, de bocas de lobo, serviços de drenagens e serviços de limpeza. Os pedidos de cidadãos representam 44% das demandas, enquanto as indicações dos parlamentares representam 32% e outros órgãos do Executivo 22%.
Presidente de Urbanismo, Diego Machado (PSDB) explicou que toda vez que um vereador procura uma Subprefeitura para resolver alguma questão, isso se dá por conta do vereador ser o “para-choque de todo o sistema político e da insatisfação da população”.
Na opinião de Diego, se existe um problema que somente o Presidente da República pode resolver, o vereador é o primeiro a ser cobrado pelo cidadão.
Desde janeiro, os vereadores apresentaram mais de 13 mil indicações. As duas últimas, de números 13.674/2021 e 13.675/2021, propostas na segunda-feira, 26, respectivamente por Kiko do Restaurante (PSD) e Maurício Peixer (PL), pedem, na mesma ordem, o ensaibramento e patrolamento da rua Cygnus, no Jardim Paraíso e a troca de lâmpadas da iluminação pública em ruas do Floresta.
O secretário da Infraestrutura (Seinfra), Jorge Luiz Correia de Sá, responsável pela pasta que coordena as subprefeituras, comentou que assumiu a secretaria com mais de 7 mil solicitações em aberto. De acordo com o secretário, a partir do cenário encontrado, modificações na gestão foram feitas para atender todos os pedidos dos cidadãos, vereadores e outros órgãos registrados.
Sobre as deficiências encontradas nas subprefeituras, Sá mencionou a falta de recursos materiais e humanos, falta de informações, falta de planejamento estratégico, pouca qualificação operacional, falta de padrão de trabalho, alto índice de insatisfação do cidadão e falta de capacidade técnica de antigos gestores.
Na apresentação de cada subprefeitura, os gerentes informaram sobre a estrutura que possuem e as ações do semestre. Serviços em vias públicas são os mais atendidos por todas as subdivisões, exceto a Subprefeitura Nordeste, onde a manutenção de bocas de lobo é a maior demanda.
A explicação sobre maior demanda em vias públicas foi justificada pelos subprefeitos em virtude da existência de vias não pavimentadas, como na Subprefeitura de Pirabeiraba, que possui 104 quilômetros de vias (rurais e urbanas) não pavimentadas.
Subprefeitura da Região Centro-Norte – Elisângela Bresciani
Subprefeitura da Região Leste – Pedro Durieux
Subprefeitura da Região Nordeste – Fernando Cordeiro
Subprefeitura da Região Oeste – Juliano Batista Branco
Subprefeitura da Região Sudeste – Marcelo Soares dos Santos
Subprefeitura da Região Sudoeste – Paulo Sergio Messias Dourado
Subprefeitura da Região Sul – Cleison Roberto Ortiz de Leão
Subprefeitura Distrital de Pirabeiraba – Erika Evelyn Faria
A alta demanda em vias públicas, em parte relacionada à falta de pavimentação, motivou questionamentos dos vereadores sobre a pavimentação comunitária em Joinville. Adilson Girardi (MDB), Brandel Junior (Podemos), Lucas Souza (PDT), Neto Petters (Novo) e Pastor Ascendino (PSD) comentaram o assunto.
Engenheiro da Seinfra, Fabiano Lopes de Souza informou que a Procuradoria Geral do Município (PGM) aprovou as diretrizes do processo de pavimentação comunitária proposto pela Seinfra, não apontando restrições.
Ele acrescentou que o próximo passo é fazer um credenciamento das empresas que poderão realizar as obras, seja com paver ou asfalto. Jorge Luiz Correia de Sá afirmou que, logo que o projeto esteja concluído, os vereadores serão os primeiros a conhecê-lo.
A Comissão de Urbanismo aprovou pedido de Henrique Deckmann (MDB) para adiar a discussão sobre fontes renováveis de energia e os impactos da perfuração de novos poços para exploração de petróleo na costa catarinense. Anteriormente prevista para o dia 05 de agosto, a discussão agora está agendada para o dia 12 de agosto.
Para o encontro estão convidados representantes da Petrobrás, do Ministério de Minas e Energia (MME), Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente (Sama), do Instituto de Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA), da Associação dos Municípios do Nordeste de SC (Amunesc), e das universidades UFSC, Udesc e Univille.
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