Informação sobre crianças para adoção em lar de acolhimento em Joinville é falsa
Comarca emitiu nota de esclarecimento nesta segunda-feira
Comarca emitiu nota de esclarecimento nesta segunda-feira
A comarca de Joinville emitiu nesta segunda-feira, 1º, um esclarecimento a respeito de uma mensagem que circula na região Norte do estado que envolve a Vara da Infância e Juventude e uma entidade de acolhimento de menores, o lar Abdon Batista.
Segundo a mensagem, as crianças mantidas no lar podem ser adotadas. No entanto, a informação é falsa pois os menores estão no local por ordem judicial e dentro dos processos próprios, não por conta da pandemia.
Nenhuma criança foi abandonada pelos pais na casa de acolhimento e elas só são encaminhadas para adoção após o término do processo e somente se os pais não tiverem condições de dar vida digna aos filhos.
A Vara da Infância e Juventude da Comarca de Joinville, diante da notícia que circulou nas redes sociais e envolveu o Lar Abdon Batista, se sente no dever de dizer que a situação relatada não condiz com a verdade e prestar os seguintes esclarecimentos:
1 – nenhuma criança foi deixada/abandonada pelos pais no Lar Abdon Batista. As que estão lá foram acolhidas por ordem judicial e dentro dos processos próprios, e não por conta da “pandemia”.
2 – as crianças acolhidas somente são encaminhadas para adoção depois do término do processo regular, onde é analisada detalhadamente a condição dos pais. Somente se não tiverem condições de dar vida digna ao filho [em todos os sentidos], isso dito por sentença judicial, é que a criança será encaminhada para adoção.
3 – as adoções são feitas sempre com obediência ao “cadastro” das pessoas habilitadas [por processo judicial], sem privilégios. Aliás, os casos de crianças prontas para adoção estão sendo encaminhados [já houve “adoção” no período da pandemia].
4 – os processos estão tramitando normalmente e não há nenhuma orientação ou determinação da vara da infância para que sejam dadas em adoção ou em “guarda” para casais interessados, mesmo porque tal providência é totalmente ilegal.
5 – é sabido que todas as instituições de acolhimento precisam de ajuda, notadamente por conta da “pandemia” e consequente retração econômica. E isso o Lar Abdon Batista já deixou claro, em nota divulgada na quarta-feira (27/5).
6 – reitera-se a informação no sentido de que a vara da infância está trabalhando neste período de pandemia, presencialmente ou na forma remota. Os processos [inclusive os de habilitação para adoção] não estão parados.
Lamenta-se que existam pessoas [inclusive servidores do Poder Judiciário] que divulguem notícias dessa natureza, sem qualquer conhecimento e noção da gravidade e da repercussão dos fatos na sociedade.