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Início da obra da praça bailarina Liselott Trinks é autorizada em Joinville; saiba detalhes do projeto

Autorização ocorreu em evento na Escola do Teatro Bolshoi nesta segunda-feira

Nesta segunda-feira, 29, data em que é celebrado o Dia Mundial da Dança, a Prefeitura de Joinville autorizou o início das obras e implantação da Praça Bailarina Liselott Trinks, que será construída no cruzamento da Av. Juscelino Kubitschek com a Rua 9 de Março.

A cerimônia de assinatura da ordem de serviço ocorreu na Escola do Teatro Bolshoi no Brasil e teve a presença do prefeito Adriano Silva (Novo) e da vice-prefeita Rejane Gambin.

Também estiveram presentes autoridades e representantes dos Poderes Executivo e Legislativo municipal e estadual, lideranças de entidades setoriais, profissionais e personalidades do cenário artístico, da dança e cultural de Joinville.

Como momento especial do evento, bailarinos da Companhia Jovem Bolshoi Brasil apresentaram o Adágio do Balé Quebra Nozes, um dos mais tradicionais repertórios da dança mundial.

A praça

Para celebrar o título conquistado por Joinville de “Capital Nacional da Dança”, a praça terá como elemento central uma bailarina em tamanho real, confeccionada com a aplicação de tecnologia aditiva a laser, uma espécie de impressão em 3D feita com metal.

A tecnologia é oferecida pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) de Santa Catarina e referência mundial, sendo utilizada na produção de peças e componentes para indústrias de diferentes setores.

“A obra de arte vai representar o que Joinville realmente é: a Capital Nacional da Dança, pois temos o maior Festival de Dança do Mundo e a única Escola Bolshoi fora da Rússia; além disso, ela liga a tecnologia das indústrias com a cultura da cidade. A dança faz parte do dia a dia do joinvilense e precisa ser lembrada pelos turistas que vêm de fora”, destaca o prefeito Adriano Silva.

Para o presidente da Escola do Teatro Bolshoi no Brasil, Valdir Steglich, a criação da praça e o monumento da bailarina em tamanho real fortalecem e ratificam o título oficial recebido em 2016, de “Capital Nacional da Dança”, e ainda, trazem modernidade à cultura da cidade.

Foto: Prefeitura de Joinville/Divulgação

“Estamos muito felizes com a criação. Joinville merece esse título pela sua relevância no Festival de Dança e por sediar a Escola do Teatro Bolshoi no Brasil. A cidade tem diversos monumentos que trazem a história da sua imigração e da construção e merece algo atual que retrata a Joinville contemporânea”, destaca o presidente.

Já o presidente do Instituto Festival de Dança, Ely Diniz, lembrou que o local onde será instalada a nova praça, já foi cenário de um símbolo da dança: “Em 2014, o Instituto Festival de Dança colocou no local a ‘Árvore da Dança’, que dois anos mais tarde foi realocada para a frente do Centreventos Cau Hansen. O espaço já tem raiz e, agora, terá uma bailarina de braços abertos para receber o público.”

Monumento em formato de bailarina

Aguardada com expectativa, a apresentação do protótipo da bailarina que será o elemento central da Praça Bailarina Liselott Trinks, entusiasmou o público.

A joinvilense Thaís Diógenes, que em 2011 se formou na Escola do Teatro Bolshoi do Brasil e atuou como solista da Ópera de Kazan, na Rússia, foi a modelo para a confecção da peça, cuja versão final está em fase de produção.

“É uma honra e uma grande responsabilidade representar os bailarinos e ficar eternizada em Joinville, a cidade da dança”, destaca Thaís.

Foto: Prefeitura de Joinville/Divulgação

O protótipo em tamanho real foi desenvolvido com material chamado polímero. Além deles, foram feitos outros dois protótipos para validação do sistema hidráulico. Esse sistema será responsável pelo chafariz localizado na cintura e de onde a água será jorrada formando a saia da bailarina.

De acordo com Fabrizio Machado Pereira, diretor Regional e de Educação, Saúde e Tecnologia do Senai-SC, a confecção do monumento foi um desafio alinhado ao propósito da entidade de deixar um legado de arte, inovação e tecnologia para as próximas gerações.

“O protótipo desenvolvido com impressões em 3D foi fruto de um arranjo que envolveu pessoas do meio acadêmico, incluindo professores e a comunidade escolar. Naturalmente, isso liga o desenvolvimento tecnológico de inovação que é feito pelos sistemas de manufatura e laser. E como desafio mais complexo vamos fazer a peça finalizada com altíssima tecnologia e sofisticada”, afirma Fabrizio.

Homenagem à precursora da dança

A dança se faz presente em Joinville desde a chegada dos primeiros imigrantes, em 1851. Mas foi a partir do talento de uma jovem bailarina que a cidade começou a admirar e vivenciar a dança.

Liselott Trinks nasceu em Joinville, em 21 de março de 1914. Foi aluna de Maria Olenewa, um dos grandes nomes do balé mundial e que mudou a história da dança no Brasil. Liselott estudou na Alemanha e retornou para Joinville já como professora.

Com a fundação daquela que se tornaria a Sociedade Harmonia Lyra, fortaleceu suas atividades no mundo da dança, com a manutenção de uma escola de dança e de um corpo de bailado. Nas comemorações ao centenário de Joinville, reuniu mais de 80 bailarinos em um espetáculo que ficou marcado na história.

Em 1965, na Sociedade Ginástica de Joinville, participou da fundação da Escola de Ballet. Em 1974, criou o Festival de Bailados, que precedeu o Festival de Dança. Atuou com dança até o fim dos anos de 1970 e faleceu em maio de 1987.

O Projeto de Lei para nomeação da Praça da Bailarina Liselott Trinks está em fase de elaboração e vai tramitar na Câmara de Vereadores de Joinville.

Área no Centro será revitalizada para receber a praça

Com área de 481 metros quadrados (m²) o espaço onde será instalada a Praça Bailarina Liselott Trinks será revitalizado e vai receber novo piso, mobiliário urbano com bancos, floreiras e defensas metálicas.

Para enaltecer o monumento central da praça, será criado um espelho d’água ao redor do chafariz da bailarina que contará com iluminação de destaque.

A concepção da Praça da Bailarina foi desenvolvida pela Secretaria de Pesquisa e Planejamento Urbano (Sepur).

O projeto do monumento conta com a parceria da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc), Escola do Teatro Bolshoi do Brasil e Senai-SC.

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