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Investigado por ataques a vereadora de Joinville deve ser indiciado por três crimes

Investigações continuam para descobrir se há mais pessoas envolvidas no caso

A delegada Cláudia Lopes Gonzaga, atual responsável pelo caso de ataques contra a vereadora eleita Ana Lúcia Martins (PT), afirma que o primeiro investigado pelo crime, um homem de 22 anos, deverá ser indiciado por racismo, injúria racial e ameaça. As investigações continuam a fim de descobrir se jovem atuou sozinho ou se faz parte de um grupo criminoso.

O inquérito ainda não tem data para ser enviado. Posteriormente, a denúncia é passada ao Ministério Público (MP), que pode aceitar ou não. O MP ainda pode solicitar um teste para verificar a saúde mental do jovem, que tem diagnóstico de esquizofrenia.

No dia 22 de novembro, o celular e computador do acusado foram apreendidos pela Polícia Civil e estão passando por perícias. Mas, o que as investigações já apontam, é que o jovem participava de grupos de jogos de computadores e que, nestes espaços, ele conversava com outras pessoas, que tinham atitudes e pensamentos como as do suspeito.

Para a delegada, o rapaz pode ter realizado as ofensas sem participar de uma organização criminosa, mas ela ainda não descarta a possibilidade de terem mais pessoas envolvida no caso. “Tem alguém que, no mínimo, gostou do que ele fez, ou apoio, incentivou ou mandou, mas ainda não podemos precisar”, explica.

Outro passo da investigação é descobrir se a conta do Twitter, canal usado para fazer as ameaças contra a vereadora, foi utilizado somente pelo suspeito ou por outras pessoas. Cláudia explica que a rede social já passou os códigos de Internet que acessaram a conta. Agora, eles aguardam os servidores enviarem a localização exata dos aparelhos.

Para realizar as investigações, a Polícia Civil de Joinville tem contado com o apoio de outros setores da instituição, como o grupo de inteligência, localizado em Florianópolis. De acordo com a delegada, há, inclusive, possibilidade do caso ser transferido para a capital, que possui um setor específico para crimes cibernéticos.

Segunda investigação

Em paralelo, a delegada investiga o segundo ataque sofrido por Ana Lúcia, o qual também foi direcionado ao vereador eleito Alisson Júlio (Novo).

Este caso, afirma Claudia, é mais complicado. Isso porque o servidor do e-mail é da Suíça e, agora, a investigação depende do Ministério de Relações Exteriores para solicitar ao país o endereço da conta de e-mail. De acordo com a delegada, isso deve demorar por conta da burocracia. “Disseram que tem caso de um ano que ainda não teve retorno da empresa”, conta.

Cláudia acredita que o uso de um e-mail suíço já foi previamente pensado pelo autor do crime. “Quando você é amador, usa um Yahoo, Gmail. Mas, fizeram com um que é mais difícil de localizar.”

O caso continua sendo investigado junto com o apoio de outros delegados da Polícia Civil.


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