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A mudança da comissão técnica não resolve os problemas do Joinville

Joinville e Hercílio protagonizaram em Tubarão o jogo mais emocionante da última rodada da primeira fase do estadual. O time da casa venceu por 4 a 3 com um gol no último lance, tendo um jogador a menos em campo. O resultado colocou o time do sul do estado na próxima fase e deixou o […]

Joinville e Hercílio protagonizaram em Tubarão o jogo mais emocionante da última rodada da primeira fase do estadual. O time da casa venceu por 4 a 3 com um gol no último lance, tendo um jogador a menos em campo.

O resultado colocou o time do sul do estado na próxima fase e deixou o Joinville em sétimo e culminou com a demissão do treinador Vinícius Eutrópio, do auxiliar Felipe Sampaio e do preparador físico.

Um problemão para o Tricolor, pois precisa passar de fase obrigatoriamente contra o Brusque para conseguir confirmar presença na Série D em 2022. Caso não passe pelo time do Vale, o Joinville fica sem vaga na Série D via campeonato estadual e só terá chances de ter calendário nacional em 2022 se subir para a Série C, ou se Juventus ou Marcílio subirem de divisão neste ano.

Então aquele cenário do Joinville sem série volta a assombrar os bastidores do clube e claro a sua imensa torcida. Dito isso, é hora de refletir sobre os acontecimentos e no futebol a culpa recai geralmente sobre o comando técnico.

O já pressionado treinador Vinícius Eutrópio foi demitido e a direção confirmou em entrevista coletiva na manhã desta sexta-feira, a escolha por Elizeu, ex-jogador do clube. Ele é da comissão técnica permanente do Joinville e ficará no comando do time até o fim do estadual. A direção confirmou que a princípio não irá contratar um novo treinador para a sequência do Catarinense e fará esse movimento apenas visando a Série D.

A tendência é que após o fim do estadual, o corpo de atletas tenha seus rendimentos analisados e atitudes podem ser tomadas visando a sequência da temporada. Vale destacar que o presidente do clube falou na coletiva que irá sim cobrar os jogadores pelo rendimento e principalmente pelo jogo da última quarta-feira, em que foi inadmissível o que aconteceu e que a direção saiu extremamente chateada com o desempenho. Então existe sim um ambiente de cobrança do grupo de atletas e eles precisam mudar a postura já no próximo jogo.

Um ponto infeliz na coletiva foi quando o presidente Charles Fisher citou que ouviu, além dos outros diretores e conselheiros, os patrocinadores do clube. Isso é atitude amadora, isso não pode existir em um clube profissional, pelo menos não deveria ser exposto, pois de que forma uma informação dessa pode interferir dentro do clube em decisões futuras?

O que preocupa é que se esse patrocinador que está injetando dinheiro e dá pitaco na escolha da comissão técnica, faça o mesmo dentro de campo. Será que estão palpitando e interferindo na escolha dos jogadores que vão aos jogos, principalmente aqueles que os patrocinadores estão colocando dinheiro. Um absurdo.

Neste cenário, após a dura derrota para o Hercílio e já visando o duelo contra a forte equipe do Brusque, neste domingo na Arena, pelo jogo de ida das quartas de finais, algumas coisas precisam mudar e algumas atitudes precisam ser tomadas para dar alguma resposta ao torcedor.

A diretoria afirmou com muita convicção que os atletas foram cobrados pelos resultados e que essa mudança do comando técnico faz parte das mudanças e que sim, dentro de campo é necessário uma evolução, pois todos estão sendo avaliado.

Agora a missão é dura demais. No meio desse turbilhão de notícias ruins, o JEC tem um adversário forte pela frente. O Brusque é uma equipe bastante entrosada, que no último jogo, por exemplo, poupou jogadores e mesmo assim venceu o Próspera com facilidade.

O JEC vai precisar mudar, vai ter que se reencontrar para tentar brigar de igual para igual com o Brusque. Elizeu terá essa missão e já pediu a integração de jogadores da base, que trabalharam com ele e estavam afastados, é o caso dos atacantes Wallison, Thiago Fumaça e o lateral Gabriel Salles.

O treinador vai ter dois treinos para conversar e remontar o Joinville para essa decisão. Ele possui a confiança da diretoria para esse desafio e está motivado para essa que, com certeza, será seu maior desafio na carreira.

O Elizeu terá que preparar algo diferente para o jogo, vai ter que dar outra dinâmica a equipe e principalmente motivar esses atletas. Todos estão sendo cobrados, se o Joinville for derrotado pelo Brusque, todos vão pagar pela eliminação, então todos precisam dar algo a mais nessas quartas de finais.


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