A primeira impressão é a que fica? Análise da apresentação de Leandro Zago no JEC
O JEC inicia nesta semana a sua preparação para a Série D do Campeonato Brasileiro com um novo comandante na comissão técnica. Leandro Zago, de 39 anos, foi apresentado na última sexta-feira, 30, e deixou uma boa impressão na entrevista coletiva concedida aos profissionais de imprensa que estavam presentes na Arena Joinville.
Junto com ele chegam ao clube um preparador físico e um auxiliar técnico que tem a missão, desde terça-feira, 4, de levar o JEC à Série C. Uma missão difícil e que Zago considera um dos seus maiores desafios da carreira. Abaixo alguns pontos que destaco da coletiva.
Experiência versus conhecimento
O treinador foi questionado sobre não ter experiência em Série D e o quanto isso pode interferir no seu trabalho. Na resposta, o profissional foi muito bem quando explicou que não quer ter a prática e nem a experiência de jogar uma quarta divisão. Ele quer jogar a competição e alcançar o objetivo do acesso, sem ter que ficar sete ou oito anos trabalhando na mesma divisão. Ele deixou claro que para alcançar o objetivo não é necessário ter experiência e sim conhecimento da disputa. Algo que ele afirmou ter.
História do clube
Como um estudioso do futebol, Zago foi pesquisar sobre o Joinville antes de acertar com o clube. Pelo que apuramos o treinador na sua entrevista com dirigentes do JEC, mostrou conhecer a história do Coelho e a forma de jogar que a torcida Tricolor gosta que o time jogue. Ele afirmou que os times vencedores do JEC foram times ofensivos e de muita entrega dentro de campo. Essa identificação é o que ele quer para a sua equipe na Série D.
Grupo de jogadores
Leandro Zago conhece o elenco do Joinville. A primeira impressão após a coletiva é de que o treinador sabe onde está chegando. É unanimidade na cidade que o atual grupo de jogadores é melhor do que o grupo do ano passado que disputou a Série D. E por isso a exigência aumentou, no entanto ele afirmou que algumas peças desse plantel são níveis de séries superiores e que isso vai ajudar o time ao longo da competição. Ele afirma que a sua equipe não vai estar pronta na primeira rodada e que o desempenho ideal vai se dar ao longo da primeira fase.
Confiança é tudo
Ele me pareceu muito confiante e certo de que fará um grande trabalho à frente do Joinville. E explicou o que espera do JEC já na fase de grupos, um time que desde a primeira rodada vislumbre e foque na briga pelas primeiras posições da chave e que terminar na ponta vai ajudar o Tricolor lá na frente, quando começar as fases de mata-mata.
Saldo positivo
Esses foram os pontos que chamaram mais atenção na coletiva de apresentação do treinador e por isso acredito que o principal obstáculo que Zago tem pela frente é a pressão para desempenhar o seu trabalho num clube que apostou suas últimas fichas na Série D. Qualquer erro pode custar muito caro para o Tricolor.
Não conseguir o acesso significa um Joinville sem divisão e um 2022 apenas com o campeonato estadual. Isso pode acarretar em um rombo financeiro, a perda de investimento, uma queda no número de sócios e um clube que pode ficar inviável profissionalmente.
O tempo é curto e o JEC não pode errar mais. A Série D virou Copa do Mundo para o Joinville.
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