JEC é um dos favoritos do grupo na Série D do Campeonato Brasileiro
Vai começar a Copa do Mundo para o tricolor. E nada mais importa ao clube do que o acesso para a terceira divisão nacional. Qualquer erro pode comprometer o futuro do clube, que em 2022 não tem calendário nacional garantido.
Então, o JEC uniu todas as suas forças para conquistar esse objetivo e entra na competição como um dos favoritos do grupo A8 da Série D.
Ao lado do Joinville estão Marcílio Dias (SC), Juventus (SC), Rio Branco (PR), Esportivo (RS), Aimoré (RS), Caxias (RS) e o adversário da primeira rodada, o FC Cascavel (PR).
Esse primeiro duelo talvez seja o mais complicado levando em consideração o retrospecto recente do clube paranaense. Semifinalista do campeonato estadual, com uma folha salarial mais alta que a do JEC e uma equipe entrosada, que manteve a base do Campeonato Paranaense.
No entanto neste primeiro jogo o Joinville larga na frente pois tem mais informações sobre o desafiante. É possível o clube analisar os jogos recentes do time treinado pelo ex-jogador Tcheco e armar a sua estratégia para o duelo. Por outro lado, o Joinville tem um novo treinador que ainda não estreou oficialmente e pode sim, ser uma surpresa ao time adversário.
Sempre é muito complicado jogar esta competição e o JEC não ter ultrapassado esta primeira fase nas últimas duas temporadas é um reflexo disso, embora vale lembrar que em 2019 ela tenha sido disputada com um regulamento distinto. Porém é visível que temos um JEC mais forte que anos anteriores. Existe uma base de time que vem jogando junto há um bom tempo e isso faz a diferença.
Mas para além disso, quero pontuar as características dos adversário do Coelho. Começando pelos clubes gaúchos. O Caxias é o mais forte dentre os três clubes do estado vizinho. Possui um elenco equilibrado, que fez ótima campanha no estadual, chegando à semifinal, mas que tem um novo treinador. Rafael Jaques chegou ao clube da Serra Gaúcha há poucas semanas, e encontrou um time pressionado. Ele tem a missão de substituir Rafael Lacerda, que saiu do clube ao término do gauchão depois de anos à frente da equipe. Ele tem pouco tempo de trabalho e isso pode interferir negativamente no início da Série D.
Outras duas equipes são Aimoré e Esportivo, ambos vivem problemas financeiros, mas a situação do Aimoré é mais tranquila, pois tem vaga garantida para a Série D de 2022. Com um investimento tímido a equipe entra na competição para brigar por uma quarta vaga na próxima fase. Já o Esportivo vive um momento de turbulência. O clube quase desistiu de participar da Série D por problemas financeiros, no entanto a diretoria mudou de ideia e montou um time modesto e que ainda está recebendo reforços para a disputa. O treinador Rogério Zimmermann é o grande nome da equipe, no entanto dentro de campo é um time limitado. O clube foi rebaixado no estadual.
Em Santa Catarina tem o Marcílio Dias, que é sempre um adversário que merece muita atenção, principalmente jogando em Itajaí, onde é muito forte. O time chegou à semifinal do Catarinense, porém o plantel se desmanchou. Houve muitas saídas, tanto por término de contrato, quanto por negociações com outros clubes. Vivendo uma crise financeira a ideia da direção é diminuir consideravelmente a sua folha salarial em 2021 e buscar o acesso apenas na próxima temporada. E aí sim, fazer um grande investimento.
Juventus da cidade vizinha à Joinville entra com objetivos maiores. Disputando pela primeira vez esta competição, o clube manteve boa base do estadual mas por problemas financeiros não conseguiu fazer grandes investimentos no time. Jogando em casa, no estádio João Marcatto o time é muito forte e isso pode fazer a diferença na briga por uma das quatro vagas no grupo.
No estado paranaense estão os opostos, por uma lado o Rio Branco de Paranaguá, que é sem dúvidas a equipe mais fraca do grupo e que entra na competição sem grandes perspectivas. O clube quase caiu no estadual, se livrou apenas na última rodada com uma vitória heroica contra o Coritiba jogando em casa, no entanto não fez grandes mudanças na equipe e está com dificuldades de manter os salários em dia. Por outro lado o Cascavel que já havia citado anteriormente. Será sem dúvidas a equipe a ser batida neste grupo.
Dito isso, o Joinville me parece a segunda grande força do grupo. Tenho convicção de que o tricolor teve uma boa intertemporada e teve boas chegadas ao elenco já bom do Campeonato Catarinense. Vamos ver se no campo o time desenvolve e a pressão fique do lado de fora.
Contra as equipes mais fracas do que a do JEC, o clube tem que procurar somar 4 pontos, ganhar os jogos em casa e empatar fora. Já com adversários melhores ou iguais, é necessário fazer uma troca de pontos. Se perder fora, é preciso ganhar em casa, se empatar em casa, tem que buscar pelo menos o empate fora. E dessa forma vai ganhando confiança. Vai começar a Copa do Mundo do Joinville Esporte Clube.