JEC está mal, mas a culpa não é só do treinador
Após o empate em casa contra o Brusque neste domingo, 18, o JEC chegou a sequência de seis jogos sem vencer na temporada. Sendo cinco deles pelo estadual e a derrota para o Atlético-GO pela Copa do Brasil. Esse momento complicado do time parece pesar na avaliação do trabalho da comissão técnica e boa parte […]
Após o empate em casa contra o Brusque neste domingo, 18, o JEC chegou a sequência de seis jogos sem vencer na temporada. Sendo cinco deles pelo estadual e a derrota para o Atlético-GO pela Copa do Brasil.
Esse momento complicado do time parece pesar na avaliação do trabalho da comissão técnica e boa parte da torcida e da imprensa cogita uma mudança nesse setor.
No entanto, para se avaliar o trabalho, resultados e rendimento de Eutrópio e seus auxiliares, é necessário analisar como um todo e não apenas o resultado dentro de campo. Então, nesta coluna, vou citar todas as situações que possuem peso no baixo rendimento da equipe.
Primeiro dos pontos a ser destacado é que o clube viveu recentemente um surto de Covid-19, em que mais de 20 atletas testaram positivo e profissionais da comissão também foram contaminados.
Dito isso, esse momento prejudicou o clube que ficou mais de dez dias sem treinar com o time completo e acabou custando caro na evolução da equipe.
No meio do surto o clube agilizou o processo de contratações e alguns jogadores ainda estão se adaptando ao novo clube e muitos deles são jovens, como por exemplo, Helerson, Geovani, Diogo Santos, Caio Monteiro e Yaya Banhoro.
Outros são mais experientes, mas estavam há muito tempo sem jogar, que é o caso do volante Naldo e de Yann Rolim. No meio de tudo isso alguns atletas se lesionaram e não estão 100% para treinar com a equipe.
Fora de campo até o treinador Vinícius Eutrópio contraiu Covid-19 e, em exames complementares, foi diagnosticado um tumor no rim. Foi necessário passar por um processo cirúrgico, ficando afastado das atividades por mais de 20 dias, somando as duas paradas.
E para concluir, ontem em coletiva, o Vinícius Eutrópio tocou em dois pontos importantes, que são a sequência de jogos de três em três dias, e a qualidade dos adversários nessa sequência de resultados ruins, em que o Joinville não venceu ninguém.
Enfim, quem leu até aqui deve estar pensando que estou “passando pano” para o trabalho do treinador, mas não, apenas apresentei um contexto geral do momento do Joinville e todo seu histórico recente. Isso não me proíbe de criticar o trabalho do treinador e assim farei abaixo.
O primeiro deles é o erro de estratégia proposto. O Joinville entrou desconcentrado nas últimas partidas e, em algumas delas, isso custou caro para o time. Quando o jogo inicia os jogadores precisam entrar ligados, não podem dar bobeiras e cometerem erros irreversíveis.
Outro ponto é a demora para mexer durante os jogos. Quando o time não está bem, o treinador não pode se omitir e ficar segurando jogadores que não estão rendendo. É necessário ter repertórios de ideias e com peças diferentes para surpreender o adversário.
O Joinville é muito facilmente marcado durante os jogos e essa falta de repertórios prejudica. Por isso é importante mudanças táticas e de peças para o time ganhar jogos e melhorar o futebol apresentado.
O último aspecto é a questão das coletivas, Eutrópio pode ser mais transparente quando coloca sua avaliação na coletiva. O torcedor entende e vê futebol, não adianta esconder do torcedor aquilo que está exposto dentro de campo, é necessário usar desse espaço para deixar o torcedor ciente do que está acontecendo. Só bater na desculpa e não assumir a sua parcela de culpa no rendimento é errado. Precisa ser revisto.
Com tudo isso, é possível vermos um Joinville oscilante e que precisa de reparos para evoluir. Precisa de mudanças dentro de campo e fora dele também, isso não significa que a mudança do treinador seja a melhor opção, é necessário um equilíbrio e todos precisam ser cobrados neste momento.
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