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Uma corrida contra o tempo para o Blackstar

Na última coluna já havia alertado para a dificuldade que as organizações desportivas da cidade enfrentam para conseguir investidores, patrocinadores e apoiadores e cobrir os custos das competições que desejam participar. Sabemos que essa situação não é nova em Joinville. Apesar de ser um grande pólo industrial e a maior cidade do estado, o município […]

Na última coluna já havia alertado para a dificuldade que as organizações desportivas da cidade enfrentam para conseguir investidores, patrocinadores e apoiadores e cobrir os custos das competições que desejam participar. Sabemos que essa situação não é nova em Joinville. Apesar de ser um grande pólo industrial e a maior cidade do estado, o município não possui um histórico de grandes investimentos em esportes e modalidades de alto rendimento.

O sonho do Blackstar Joinville

Porém com a pandemia essa dificuldade aumentou. Estamos vendo de perto a oportunidade de Joinville voltar a ter uma equipe na elite do basquete brasileiro correndo risco pela falta de apoiadores. Falo do Blackstar Joinville. Clube que corre contra o tempo para conseguir comprovar a captação de recursos exigidos pela liga para a autorizar a participação no NBB 2020/2021, que tem início previsto para o mês de novembro.

O prazo para a apresentação das garantias financeiras é a metade do mês de setembro. O caminho para o R$ 1,8 milhão solicitado pela liga, está sendo um caminho cheio de obstáculos, mas que pode sim ter final feliz. O presidente Rodrigo Lima adiantou para a coluna que nos últimos 10 dias o clube teve importantes reuniões, onde abriram-se algumas portas que podem ajudar o Blackstar a conseguir esse objetivo, e que nos próximos 15 dias podem ter boas novidades aos torcedores.

Existem algumas barreiras que precisam ser desmanchadas pelo clube. Uma delas é o histórico ruim onde empresas que já investiram em marketing esportivo em Joinville, não tiveram os resultados esperados. Por isso deixam de investir e acreditar que um novo projeto possa trazer frutos. Rodrigo acredita que esse histórico dificulta essas negociações, mas que o Blackstar apresenta a esses possíveis investidores, algo diferente do que já foi ofertado, mostrando que o resultado pode sim, ser positivo para quem acreditar na equipe.

Para se fazer um trabalho dessa envergadura no esporte e disputar a principal competição nacional, é preciso ter planejamento e convicção naquilo que se acredita. Escrevo isso com a certeza de que o Blackstar vai trilhar grandes caminho no basquete. Lembro que entrevistei o Rodrigo para um jornal acadêmico no início de 2018 e falamos sobre diversas ações para dentro e fora de quadra que envolviam o clube. Para se ter uma ideia, naquela temporada a direção pretendia gastar cerca de 180 mil reais, 10 vezes menos da meta passada pela liga para a disputa do NBB nesta temporada. Lembro também que o Rodrigo tinha como meta para o Black a disputa do NBB pela primeira vez após dois anos.

Acredito que esse objetivo está perto de ser alcançado e creio ainda, que a organização e o planejamento desenvolvidos pelas pessoas que gerem o clube, podem levar o blackstar ainda mais longe. Volto a coluna da semana passada e repito, que para se fazer esporte de alto rendimento é preciso muito mais do que pessoas apaixonadas pelo esporte, é necessário profissionais que saibam o que estão fazendo e onde querem chegar, com metas a longo prazo, com transparência e com um trabalho que atenda as expectativas dos investidores e dos torcedores. Só assim, agora ou mais ali na frente, os objetivos serão alcançados.