Janeiro é o mês com mais mortes por Covid-19 em Joinville
Foram 111 óbitos no período, superando julho e agosto quando morreram 108 pacientes em cada mês
Foram 111 óbitos no período, superando julho e agosto quando morreram 108 pacientes em cada mês
Em janeiro, 111 pessoas morreram em Joinville por complicações devido a Covid-19. É o mês com mais vítimas desde o início da pandemia. A marca supera o primeiro pico da doença, em julho e agosto, quando morreram 108 pessoas em cada mês.
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Ao todo, 615 pessoas já perderam a vida por conta da doença no município. Nos próximos dias, novos óbitos poderão entrar na conta de janeiro, explica a Prefeitura de Joinville. Isso porque a Vigilância Sanitária continua investigando alguns casos e aguarda o resultado de exames.
A primeira morte foi Covid-19 em Joinville aconteceu no dia 30 de março, com o falecimento do empresário Mário Roberto Borba, de 68 anos. O número de óbitos foi evoluindo nos meses seguinte até explodir e passar de 21 em junho para 108 no mês seguinte. A marca foi repetida em agosto e foi diminuindo até atingir 25 vítimas em novembro. Desde então está em nova elevação.
De acordo com o secretário de Saúde de Joinville, Jean Rodrigues da Siva, diferentes fatores contribuíram para os picos de mortes entre julho e agosto e, agora, em janeiro. Enquanto em meados do ano passado os óbitos foram resultados do grande número de contágios, em 2021 o fator principal é a quantidade de internações, já que muitos pacientes não conseguem se recuperar.
“Não tivemos menos de 80% de ocupação desde outubro. Então, os pacientes estão internados em grande volume e, infelizmente, as estatísticas nos mostram que dentro dos grupos de risco que estão internando em uti, até 46% deste publico vem a óbito, não consegue resistir à gravidade da doença”, explica.
Para ele, os feriados de outubro, eleições em novembro, festas e confraternizações no mês de dezembro, contribuíram para o aumento no contágio e, consequentemente, no grande volume de internações que vem ocorrendo no período.
“O que a gente realmente precisa fazer é diminuir o número de casos ativos, para evitar a internação em leitos de UTI e, consequentemente, diminuir o número de óbitos. Em dezembro ainda conseguimos dar uma apertadinha para diminuir o número de casos ativos. Se não tivéssemos conseguido frear, nós precisaríamos ter perto de 150 leitos já no início de janeiro”, afirma Silva.
O secretário reafirma a necessidade do uso de máscara, higienização e distanciamento social para evitar a propagação do vírus. “Não quer dizer que as pessoas não possam circular. Mas precisamos trabalhar é a cultura de que, se um ambiente for habitado por cinco, seis pessoas, que elas usem a máscara, mantenham o distanciamento na hora de trabalhar, usem o álcool em gel”, reforça.
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