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JEC deve R$ 800 mil a terreiro em processo de recuperação judicial, diz clube

Assembleia de Credores da Recuperação Judicial acontece nesta quarta-feira

O Joinville Esporte Clube (JEC) divulgou uma nota oficial sobre a Assembleia de Credores da Recuperação Judicial nesta quarta-feira, 15. O clube informou que entre os credores está um terreiro, ao qual o tricolor deve R$ 800 mil.

Em nota, assinada pela atual diretoria, o clube cita “irresponsabilidade” de dirigentes de gestões passadas. “Dirigentes que deixaram 5, 10, 20 milhões em dívidas em suas respectivas gestões e agora assistem um clube definhar, como se não tivessem nada a ver com o assunto ou, até se vitimizando por aquilo que eles mesmos fizeram”, diz a nota.

O clube também informa que o endividamento de R$ 40 milhões é a soma de trabalhadores anônimos e até jogadores que atuaram por menos tempo de que um jogo completo.

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A Assembleia de Credores da Recuperação Judicial será realizada nesta quarta-feira, 15, às 15h.

Confira a nota na íntegra:

Infelizmente, nosso casamento com o passado do JEC não é apenas pelas glórias de títulos levantados pelos nossos ídolos, como Nardela, Marcão, Marcelo Costa, Lima, Fontan e tantos outros. É, também, e especialmente agora, pela irresponsabilidade de dirigentes que insistiram em um modelo de condução das suas gestões de forma totalmente descompromissada.

Um descompromisso que se evidenciou pelo completo abandono ao clube. Dirigentes que deixaram 5, 10, 20 milhões em dívidas em suas respectivas gestões e agora assistem um clube definhar, como se não tivessem nada a ver com o assunto ou, até se vitimizando por aquilo que eles mesmos fizeram.

Muitos daqueles que vimos brilhar no campo da Arena Joinville e honraram o nosso manto tricolor agora podem ser os grandes vilões do clube e levá-lo à falência. Graças à incompetência e ao desprezo ao clube destes ex-dirigentes. Nosso endividamento de mais de 40 milhões é a soma de trabalhadores anônimos, que deveriam ter recebido menos de 200 reais pela participação em um desfile de apresentação de novos uniformes, até jogadores que não atuaram sequer 60 minutos pelo clube e tem mais de 300 mil reais em créditos. Sem contar um terreiro de mãe de santo, que tem mais de 800 mil reais a embolsar.

Esta gestão tem se dedicado enormemente à reestruturação do clube. Reestruturação não. Estruturação. Dentro de um clube que nunca teve gestão efetivamente. E as pontas abertas são inúmeras. A mais delicada delas é, sem dúvida alguma, a “tal” da Recuperação Judicial. A mesma que foi tratada como “mágica” para todos os problemas pela antiga diretoria se mostra, como era de se esperar, algo extremamente arriscado para o clube.

Como não há solução fácil para problemas complexos, o clube se depara com a Assembleia de Credores da Recuperação Judicial, que será realizada nesta quarta-feira, 15 de fevereiro, às 15 horas. Mesmo não tendo nada a ver com este passado nefasto e mesmo criticando e apontando as falhas de gestão das antigas diretorias, assumimos o problema como se fosse nosso!

Buscamos, incessantemente, um diálogo com credores para que o plano seja aprovado dentro da capacidade de pagamento do clube. Também buscamos entender o lado de quem tem dinheiro a receber do clube, que são pessoas iguais a todos nós. De carne e osso. Que possuem família, filhos, tem sonhos e buscam o melhor para si!

Seguimos lutando para construir um JEC de verdade. De alma, raça, trabalho e coração, como é a característica do povo joinvilense. Nossos esforços como diretoria seguem os mesmos e nossa seriedade para encontrar as soluções corretas e justas permanecem!

Esta Nota Oficial serve, portanto, para registrar, mais uma vez, que o nosso desafio não está mais só nas quatro linhas do jogo e nos 90 minutos da próxima partida e do resgate da confiança de patrocinadores, torcedores, sócios e opinião pública em geral. O nosso amado JEC está nas mãos de ex-funcionários, ex-treinadores, ex-jogadores e até de mãe de santo.

Nossa torcida e foco, primeiro, deve ser para o dia de hoje. Que tenhamos o aceno para a aprovação do Plano de Recuperação Judicial, no tempo adequado e dentro das possibilidades do clube. Nossa belíssima história não pode ficar nos papéis já amarelados dos jornais do Arquivo Histórico. Ela vai e deve ser construída de uma forma completamente diferente na parte invisível da gestão, com gente séria, competente e profissional, para que a parte visível, que veste o manto e entra em campo, siga brilhando e levando o clube para o lugar que ele nunca deveria ter saído!

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