Luiz Vieira
JEC empilha chances, mas só empata com Nação pela Copa SC e chega a nove jogos sem vencer
Tricolor pressionou nos 90 minutos, mas pecou em finalizações e chegou a três meses sem vitórias
O Joinville pressionou o Nação Araquari do início ao fim, mas não saiu do zero na tarde deste domingo, 14, na Arena Joinville, em jogo válido pela segunda rodada da Copa Santa Catarina. A equipe comandada pelo técnico Leandro empilhou oportunidades nos 90 minutos de jogo, mas não teve precisão para balançar as redes e também parou em boas defesas do goleiro Nícolas.
O empate deixa o JEC ainda na lanterna do grupo C, com apenas um ponto. Além disso, o clube chegou ao nono jogo seguido sem vitória, que ocorreu pela última vez há exatos três meses. Desta forma, os jogadores deixaram o campo com gritos de “vergonha” gritados pela torcida.
Na terceira rodada da Copa SC, o JEC volta a jogar na Arena Joinville, no domingo, 21, contra o Carlos Renaux, a partir das 15h.
Primeiras movimentações
Os primeiros 45 minutos foram de um JEC com mais posse de bola e presença no ataque, porém, com dificuldades para furar a defesa do Nação. A primeira chance do jogo foi do JEC logo no primeiro minuto. Em falta frontal para o gol na entrada da área, Mário Henrique cobrou colocada de perna esquerda. A bola passou rente à trave direita e saiu com muito perigo.
Com mais posse de bola, o Joinville teve mais atitude do que na partida contra o Blumenau, só que tinha dificuldades de criação e finalização das jogadas no último terço do campo. A equipe trocava passes e buscava furar a defesa do Nação, que se defendeu bem e tentava sair em contra-ataque.
Aos oito minutos, o time joinvilense teve mais uma oportunidade com o volante Breno Santos, que conseguiu chute forte após sobra na entrada da área. A bola passou por cima do travessão.
A resposta e o primeiro chute do Nação foram aos 12 minutos, em jogada individual de Vini Souza pelo lado esquerdo. O goleiro Bruno Pianissolla fez a defesa.
Após as primeiras movimentações, o jogo se tornou picado, com muitas faltas apitadas pelo árbitro Fernando Henrique de Medeiros Miranda e sem grandes chances para ambos os times por bons minutos na Arena Joinville.
Chance para os dois lados, mas ninguém marca
Já após os 25 minutos, o JEC conseguiu chegar com perigo em mais duas chances. Aos 28, após reposição de bola para o ataque, Vinicius Popó, que estreou com a camisa do JEC, brigou com a zaga e conseguiu toque de cabeça para Alisson Taddei, que driblou o marcador pelo lado esquerdo e cruzou na área. Popó correu até lá, se antecipou ao zagueiro e conseguiu chute de perna direita, mas a bola foi para fora.
Aos 34, a zaga do Nação errou na saída de bola ainda na entrada da área e Alisson Taddei roubou. Ele tocou para Marcos Brazion, que chegou batendo de trás. A bola desviou e saiu ao lado da trave direita.
E novamente, após as chances do tricolor, o Nação também teve oportunidades de marcar. Após toque da direita para a esquerda, aos 37, o lateral Ruan chegou batendo de perna esquerda. A bola foi por cima do gol. No minuto seguinte, o atacante Zé Vinicius chegou na área do JEC após um contra-ataque. Só que adiantou demais e a bola ficou com Bruno Pianissolla.
A última e melhor chance da primeira etapa foi aos 47. Mário Henrique cobrou escanteio e a bola ia entrar para um gol olímpico, mas o goleiro Nícolas espalmou para salvar o Nação e deixar o placar zerado.
JEC não troca e segue com dificuldades
Para o início do segundo tempo, somente o técnico Juninho Cearense mexeu na equipe do Nação. Miguel Perin entrou na vaga do lateral-direito Miguel Vito. Porém, quem dominava as ações do jogo era o JEC.
A primeira chegada do tricolor foi logo no primeiro minuto. Marcos Brazion chutou da entrada da área, a bola explodiu na zaga e ficou com o goleiro Nícolas. Brazion, e também o meia Alisson Taddei, conseguiram outros dois chutes da entrada da área aos sete e oito minutos, mas ambos sem perigo.
Apesar disso, o JEC ainda seguia com dificuldades. Porém, a equipe conseguiu levantar a torcida pela primeira vez no jogo aos 13 minutos. Em troca de passes com calma e pé em pé, a bola chegou em Lucas Lopes na área pelo lado direito. Ele chutou cruzado e a bola passou raspando a trave esquerda.
Leandro Sena mexe e pressão começa
No minuto seguinte, o técnico Leandro Sena tirou o volante Zé Vitor e colocou o meia-atacante Juliano para dar mais qualidade no meio-campo.
Na pressão, o Joinville chegou novamente com muito perigo. Em escanteio cobrado na área aos 16 minutos, a bola ficou viva, Marcos Brazion girou e chutou na entrada da pequena área. O goleiro Nícolas fez ótima defesa e deu rebote, que Guti aproveitou e chutou. A bola explodiu no pé da trave direita e saiu.
Ainda antes dos 20 minutos, Leandro Sena mexeu mais duas vezes no JEC. Os atacantes Vinicius Popó e Kennedy saíram para entradas de Da Silva e Ruan, respectivamente. As trocas deixaram a equipe, que empilhava chances perdidas, ainda mais ofensiva.
Aos 29, Marcos Brazion teve mais uma oportunidade pelo lado esquerdo da área. Ele conseguiu chega próximo da linha de fundo, cortou dois jogadores puxando para dentro e chutou. Goleiro Nícolas defendeu mais uma vez. Já aos 33, Juliano conseguiu chute de longe pela esquerda. A bola passou mais uma vez perto da trave e saiu em linha de fundo para tirar o grito de “UH” da torcida.
Ataque contra defesa
A partir dos 30 minutos, a partida virou um ataque contra defesa. O JEC se lançou ao ataque em busca da vitória de qualquer maneira, enquanto o Nação esperava no campo de defesa para armar um contra-ataque. Apesar de apertar, o tricolor errava muitos passes e desperdiçava boas chances.
Já o Nação Araquari teve a chance de matar o jogo aos 44 em contra-ataque puxado por Golden. O atacante chegou na entrada da área e tocou para Tulio Eduardo no lado direito. Ele puxou para a perna esquerda e chutou. O goleiro Bruno Pianissolla espalmou para salvar o JEC.
Mesmo com o jogo se arrastando até os 53 minutos, nenhuma das equipes conseguiu balançar as redes e jogo terminou empatado sem gols marcados.
JEC x Nação
JEC: Bruno Pianissolla; Lucas Lopes, Alyson, Guti e Mário Henrique (Danilo Matielo); Zé Vitor (Juliano), Breno Santos e Alisson Taddei (Jean Carlos); Kennedy (Ruan), Brazion e Vinicius Popó (Da Silva).
Técnico: Leandro Sena
Nação: Níccolas; Miguel Vito (Miguel Perin), Paulo Fales, Libardoni e Ruan (Victor); Hebert (Tulio Eduardo), Jair e Vini Souza (Luza); Wadson (Mikael), Zé Vinicius e Golden.
Técnico: Juninho Cearense
Cartões amarelos: Hebert (Nação), Kennedy (JEC), Zé Vitor (JEC), Wadson (Nação), Jair (Nação), Golden (Nação), Paulo Fales (Nação), Juliano (JEC), Mikael (Nação), Da Silva, (JEC) e Breno Santos (JEC).
Arbitragem
Árbitro: Fernando Henrique de Medeiros Miranda (CBF)
Assistente 1: Hector Andrew Lisboa Jacques (CBF)
Assistente 2: Tais Cristovão da Silva (CBF)
Quarto árbitro: Maicon Ramos da Silva (FCF)
Público e renda
Público: 2.252 torcedores
Renda: R$ 42.975 mil