Jogador de clube de SC é alvo de operação sobre manipulação de resultado em jogos do Brasileiro
Victor Ramos, zagueiro da Chapecoense, teve o celular apreendido e foi conduzido para depor
O zagueiro Victor Ramos, de 33 anos, que atua pela Chapecoense neste ano, está sendo alvo da Operação Penalidade Máxima do Ministério Público de Goiás (MP-GO). A investigação visa a atuação de organização criminosa na manipulação de resultados esportivos de jogos de futebol profissional, inclusive no Campeonato Brasileiro A e B.
O jogador teve o celular apreendido e foi conduzido para depor. Além disso, em Santa Catarina ,um mandado de busca e apreensão também foi cumprido em Tubarão. Mais mandados estão sendo cumpridos em Goianira (GO), São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Recife (PE), Pelotas (RS), Santa Maria (RS), Erechim (RS), Bragança Paulista (SP), Guarulhos (SP), Santo André (SP), Santana do Parnaíba (SP), Santos (SP), Taubaté (SP) e Presidente Venceslau (SP).
Nota do clube
A Chapecoense se manifestou sobre o caso. Confira:
“A Associação Chapecoense de Futebol vem a público a fim de reiterar o seu posicionamento totalmente contrário a qualquer tipo de situação que envolva a manipulação de resultados de jogos. O clube entende que tais condições são totalmente antidesportivas, ferindo os valores éticos e morais da modalidade.
A respeito da “Operação Penalidade Máxima” e do cumprimento do mandado relacionado à ela em Chapecó – envolvendo um jogador do clube – a agremiação alviverde reforça o seu apoio e, principalmente, a confiança na integridade profissional do atleta.
Por fim, tendo em vista as investigações, o clube destaca o seu compromisso em colaborar totalmente com as autoridades e oferecer todo o suporte e informações necessárias na apuração e esclarecimento do caso.”
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Operação
Segundo o MP-GO, há suspeitas de que o grupo criminoso tenha atuado em pelo menos cinco jogos da Série A do Campeonato Brasileiro, em 2022. Na Série B, três jogos estão sendo investigados. Uma das partidas investigadas é Criciúma x Tombense (MG), disputada na última rodada da Série B.
Neste ano, cinco jogos também teriam sido manipulados, sendo nos campeonatos Goiano, Gaúcho, Mato-Grossense e Paulista.
Estão sendo cumpridos três mandados de prisão preventiva e 20 mandados de busca e apreensão.
Os Gaecos dos estados de Pernambuco, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, o Cyber Gaeco do MP de São Paulo e do Centro de Inteligência do MP do Rio de Janeiro, além das polícias Militar, Civil e Penal de Goiás, dão apoio ao cumprimento das diligências.
Esquema
De acordo com as investigações, o grupo criminoso atuou mediante cooptação de jogadores profissionais de futebol, com oferta de valores entre R$ 50 mil a R$ 100 mil.
As manipulações eram diversas e visavam, por exemplo, assegurar a punição a determinado jogador por cartão amarelo, cartão vermelho, cometimento de penalidade máxima, além de assegurar número de escanteios durante a partida e, até mesmo, o placar de derrota de determinado time no intervalo do jogo.
Há indícios de que as condutas previamente solicitadas aos jogadores visam possibilitar que os investigados consigam grandes lucros em apostas realizadas em sites de casas esportivas, utilizando, ainda, contas cadastradas em nome de terceiros para aumentar os lucros.
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