Joinvilense de 16 anos assina contrato profissional com o Grêmio

Nascido e criado no bairro Floresta, Cristiano tem vínculo com o clube desde os 12 anos

Joinvilense de 16 anos assina contrato profissional com o Grêmio

Nascido e criado no bairro Floresta, Cristiano tem vínculo com o clube desde os 12 anos

Jogador ofensivo, de velocidade, desarmador e categórico. Desde criança, a qualidade de Cristiano Lohr, 16 anos, já era muito evidente aos que o acompanhavam à beira de campo. Boleiro desde os sete, deu o primeiro passo para a realização de um sonho: na última terça-feira, 14, assinou contrato profissional por três anos com o Grêmio. 

No clube porto-alegrense desde os 12, o joinvilense nascido e criado no bairro Floresta, zona sul da cidade, começou treinando em escolinhas de bairro. Das quadras de futsal ao futebol de campo, ele, que atuava como volante, assim que chegou ao Grêmio, pediu para jogar na lateral direita. Na posição, tem Daniel Alves como referência. 

“Quando comecei a jogar futebol, atuava como zagueiro e, depois, passei pra volante. Mas, por causa da minha altura [1,70 m]  e peso, acabei optando pela lateral”, explica. 

Cristiano Lohr com a família assinando contrato/Arquivo pessoal

Cristiano conta que o primeiro contato com o Tricolor gaúcho surgiu em 2016, de forma inesperada. Ele jogava pela Escolinha Veterana de Joinville em uma competição catarinense na cidade de Antônio Carlos, Grande Florianópolis, quando chamou a atenção de um olheiro do clube que acompanhava a partida. Desde então, o jogador tem vínculo com o time.

Aos 14 anos, fez um contrato de formação com o Grêmio, que antecede a primeira ligação profissional, só permitido aos 16, e passou a morar no alojamento do clube, no município de Eldorado do Sul, região metropolitana de Porto Alegre. 

Gosto que vem de berço

As fotos espalhadas por todos os cantos da casa e a TV sempre sintonizada em futebol indicam que o gosto pelo esporte vem de berço. Gildo Cristiano Lohr, 43, pai do jovem, conta que matriculou o filho na escolinha do bairro porque o menino já demonstrava gosto pela prática. 

Lohr diz que sempre foi praticante do futebol amador e participou de várias competições do Copão Kurt Meinert, de Joinville. A esposa, como ele descreve, também é “viciada” no esporte. O filho mais novo, de 14, já segue os passos do irmão. 

“Nunca fui muito bom de bola, mas onde joguei nunca passei vergonha. Aqui em casa, a TV só serve para futebol”, brinca o pai. 

Cristiano Lohr/arquivo pessoal

Fora de casa desde a adolescência, a mais de 800 quilômetros de distância, Lohr conta que, no começo, a saudade do filho era muito grande, já que foi a primeira vez que saiu de casa. No entanto, maior que a saudade, é o orgulho que sentem do garoto. 

“A gente ficava preocupado se ele estava estudando, se alimentando, indo ao médico… hoje em dia já estamos mais seguros, porque eles tratam bem ele lá. Mas sempre incentivamos ele. Antes só no alojamento já tínhamos orgulho, imagina agora com contrato”, afirma o pai, emocionado. 

Mesmo com contrato assinado, por conta da pandemia da Covid-19, Cristiano está na casa dos pais desde março. Ansioso para estrear no profissional, o jogador tem se dedicado diariamente e, para os que têm o mesmo sonho, deixa um recado: 

“ [É preciso] trabalhar todos os dias e não desistir dos sonhos, que uma hora a oportunidade aparece e tem que agarrar”, finaliza. 


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