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Joinvilense publica ilustrações no The New York Times e em livro sobre Pelé

Com 52 mil seguidores no Instagram, Camila Rosa se destaca por juntar arte e pautas sociais

Nascida em Joinville, a ilustradora Camila Rosa, de 32 anos, é um dos grandes talentos que a cidade já revelou.

Formada em Design de Produto na Univille, recentemente ela se destacou por dois trabalhos: emplacou uma ilustração no jornal The New York Times, e fez ilustrações para o livro “Little People, Big Dreams”.

Chegar ao New York Times, um dos principais jornais dos Estados Unidos e do mundo, era um objetivo que começou, mais ou menos, em 2016, quando ela, junto com o seu companheiro, foram morar em Nova York, após ele receber uma proposta de emprego.

Quatro anos depois, já de volta ao Brasil, a ilustradora fez uma live no Instagram, no qual tem cerca de 52 mil seguidores, sobre esse desejo.

O sonho se tornou mais real quando um de seus amigos, que já tinha ilustrado para o jornal, passou alguns contatos da empresa.

“Em seguida eu mandei um e-mail apresentando meu trabalho para o NY Times”, conta. Após alguns dias, o desejo passava a se concretizar.

“Semana passada entraram em contato para fazer a ilustração referente a um artigo sobre ‘como modelos perfeitos de mulheres afetam as crianças'”, explica.

O convite a deixou extremamente feliz. “Viram relação do meu trabalho com o tema do texto”, comemora.

Camila Rosa nasceu e se formou em Joinville | Foto: Divulgação

Com isso, Camila criou a ilustração de uma mulher em construção, fugindo de modelos perfeitos e de sucesso.

“Todo o conteúdo tenta que se evite frustrar crianças que não alcançam esse modelo ‘ideal’ tão cedo”, analisa.

Para ela, a sensação é de alegria e dever cumprido. “Senti a maior felicidade do mundo”, ressalta.

Pelé para crianças

Após passagem pelos Estados Unidos, Camila está morando em São Paulo (SP) desde 2017. Foi em terras brasileiras que recebeu outro convite especial.

Ela foi a responsável por realizar as ilustrações do livro “Little People, Big Dreams”, da autora espanhola Maria Isabel Vegara, em uma edição especial sobre o Pelé.

Ilustração que Camila Rosa fez para o livro “Little People, Big Dreams” | Foto: Reprodução/Little People, Big Dreams

A obra contém diversos volumes, nos quais contam a história de várias personalidades, trazendo os personagens para o público infantil.

Camila lembra que via com frequência o livro quando morava fora do Brasil, além de sempre querer ilustrar nele. Dessa vez, porém, ela é quem foi procurada.

“Fiquei muito feliz. Gosto muito de futebol e é uma honra ilustrar a única personalidade do Brasil nesta série de livros”, exalta.

Ela afirma que é fundamental falar de figuras importantes para crianças, e que gosta quando seu trabalho chega nesse público.

A ilustradora diz que buscou colocar a “cara” dela no trabalho. Além disso, não esconde o prazer profissional.

“Feliz em poder mostrar um pouco do nosso país para outros lugares do mundo”, complementa.

Além da estética

Colocar ideais, pensamentos e pautas sociais no trabalho. Para além da estética, esses são os pontos que acompanham Camila desde o início da sua carreira profissional.

Ela conta que sempre deixou claro o quanto gostaria que seu trabalho fosse alinhado politicamente com o que pensa e defende. “Nem que seja para trazer uma reflexão ou questionamentos”, pensa.

Mural pintado por Camila em uma loja de roupas no bairro Pinheiros, em São Paulo (SP) | Foto: Reprodução

A ilustração somente por ela não a encanta. Foi dessa forma que Camila se encontrou na área. “Coloco os meus anseios nos trabalhos. E, melhor, as empresas me chamam por conta disso”, explica.

Aprofundar lado artístico

Falta de coragem e esperança nunca foram barreiras para a joinvilense alcançar os sonhos e desejos profissionais, ainda que eles pudessem parecer distantes.

“Nunca tive medo de mandar e-mail para diretor de arte. Focar no que quero é um combustível para alcançar os objetivos”, afirma, convicta.

Para o futuro, Camila é abrangente: “Sempre tenho muitos desejos e expectativas”. Porém, ir cada vez mais para o lado artístico é o principal.

“Quero ter meus trabalhos em murais, exposições e em grandes lugares”, finaliza.


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