Joinville é a segunda cidade com maior acervo de processos por violência doméstica de SC

Dados foram divulgados pela Associação dos Magistrados Catarinenses (AMC)

Joinville é a segunda cidade com maior acervo de processos por violência doméstica de SC

Dados foram divulgados pela Associação dos Magistrados Catarinenses (AMC)

Redação O Município Joinville

Joinville é a segunda cidade com o maior acervo de processo por violência doméstica de Santa Catarina, apontam dados da Associação dos Magistrados Catarinenses (AMC). Ao todo, tramitam na maior cidade do estado, 1.242 processos criminais de violência contra a mulher, além de inquéritos e medidas protetivas.

Acima de Joinville está apenas Florianópolis, com 1.461 ações. Na sequência, está Chapecó, em terceiro lugar com 1.222, São José e Blumenau, com 803 e 740, respectivamente.

Até junho de 2022, foram abertos mais de 2.800 novos processos criminais que envolvem violência doméstica. Com isso, o estado chega à marca de 15 novos processos de violência contra a mulher por dia.

“Mudar esta realidade é papel de todos nós. É importante que estejamos constantemente atentos e atuantes para a mudança desta realidade”, destaca o diretor de comunicação da AMC, Juiz Paulo Eduardo Huergo Farah, responsável pelo julgamento de processos de violência doméstica em Joinville.

“Estávamos atuando apenas nas consequências. Vimos que é necessário atuar na conscientização dos homens e principalmente dos jovens – muitas vezes filhos de pais agressores – para que no futuro, tenhamos uma realidade diferente”, desembargadora Salete Sommariva. Hoje, mais de 20 projetos são realizados por Magistrados de todo o Estado, com o objetivo de promover conscientização e diálogo sobre o tema.

Medidas protetivas

Até junho deste ano, os magistrados catarinenses já analisaram 11.075 pedidos de medidas protetivas para mulheres, o que representa um crescimento de 17% em relação ao mesmo período do ano passado, aponta a AMC.

O número de feminicídios também está crescendo. Em todo o ano passado foram 97 e, apenas nos seis primeiros meses de 2022, já foram registrados 65 casos.

As medidas protetivas são concedidas pelos juízes para garantir o afastamento imediato do acusado, proibindo o contato com a mulher vítima de violência. Todas as 111 comarcas do estado contam com um juiz preparado para atender esses casos com a máxima urgência. Os pedidos de medidas protetivas são analisados e cumpridos em até 48 horas, conforme regras estabelecidas pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

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