Joinville é uma das cidades de SC com o maior número de casos por burnout, diz estudo
Análise foi feita entre 2015 e 2024
Análise foi feita entre 2015 e 2024
Joinville é uma das cidades de Santa Catarina com o maior número de processos motivados por burnout. Um estudo realizado pela Predictus, o maior banco de dados judiciais do Brasil, revelou que, entre 2015 e 2024, o número de casos no estado cresceu 267%.
Itajaí é o município com o maior número de casos (43 processos), seguido por Florianópolis (40) e Joinville (20). A capital apresenta maior diversidade setorial, enquanto Itajaí tem forte concentração na indústria agroindustrial. A análise também mostra que 93,5% dos processos são resolvidos em até dois anos, o que indica alta eficiência do Judiciário catarinense.
O estudo ainda revelou que o pico ocorreu em 2023, com 50 casos. Já em 2025, até julho, apenas um processo foi registrado, sinalizando possível estabilização após o surto pandêmico. De 2015 a 2025, Santa Catarina registrou ao todo 198 processos judiciais relacionados à síndrome de burnout, ocupando a 10ª posição no ranking nacional e representando 1,47% do total brasileiro.
O setor que mais registrou processos envolvendo burnout foi o de abate de aves, concentrando 16,2% dos casos. Ainda segundo o estudo da Predictus, a maioria das ações envolve grandes empresas (67,7%) e corporações com idade média de 30,6 anos – mais jovens do que a média nacional de 41,6 anos.
“Santa Catarina apresenta valores médios de condenação 66,1% abaixo da média nacional: R$ 15.632,71 contra R$ 46.172,27. Também tem taxa de culpa reconhecida inferior (33,8% vs. 39,4%), o que pode refletir critérios jurídicos regionais mais conservadores ou práticas empresariais mais eficazes na gestão de saúde mental”, aponta o levantamento.
De acordo com o estudo da Predictus, as particularidades econômicas e culturais de Santa Catarina, como a tradição industrial e a presença de empresas familiares, podem explicar parte das diferenças observadas em relação ao resto do país.
Para o fundador da Predictus Hendrik Eichler, embora Santa Catarina tenha números absolutos menores, os dados acendem um alerta para condições de trabalho no setor agroindustrial e em grandes corporações, especialmente em fases de crescimento acelerado. “A tendência de queda observada em 2025, se confirmada, pode indicar uma saída gradual da fase mais aguda da epidemia de burnout”, aponta Hendrik.
Uma das doenças associadas ao estresse é a Síndrome de Burnout. Este termo “burnout” já existe desde a década de 70 e foi criado pelo psicólogo norte-americano Herbert Freudenberger, inicialmente vinculado ao estresse severo vivido por profissionais de saúde como médicos e enfermeiros que vivem rotinas de trabalho estressantes, como acompanhar casos de vida ou morte constantemente.
Logo esse termo se expandiu e hoje entende-se por Síndrome de Burnout o estresse severo vivido por todos profissionais em sua atividade laboral, independente da área de atuação. Essa síndrome está vinculada a uma vivência extremamente estressante e que gera um esgotamento emocional, uma estafa.
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