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Joinville fica entre as cidades que mais passaram trotes para o Samu no primeiro semestre de 2023 em SC

Nos primeiros seis meses do ano foram registrados 13.800 trotes em Santa Catarina

Durante o primeiro semestre de 2023, a Central de Regulação de Emergência (CRU) do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) recebeu 13.800 ligações classificadas como falsas emergências em Santa Catarina. As cidades que mais registraram os trotes foram Joinville, Blumenau e Florianópolis.

Se comparado ao mesmo período do ano passado, quando foram registrados 9.509 ligações, houve um aumento de 45% de trotes.

Para evitar essa situação, os operadores da Central de Regulação de Urgência são treinados e, com a experiência, passam a perceber os indícios de um trote.

“Os técnicos auxiliares de regulação médica conseguem identificar os telefonemas falsos e impedir que chegue até a mesa do médico regulador. Mas existem casos que acabam passando do primeiro filtro e o prejuízo é ainda maior. Quando uma viatura vai para um atendimento falso deixamos de prestar socorro para quem realmente precisa”, explica Dionísio Medeiros, diretor Atendimento Pré-Hospitalar (APH) móvel.

Passar trotes aos serviços de emergência é um crime previsto pelo artigo 266, do Código Penal Brasileiro, e o infrator pode pegar de um a seis meses de detenção. Além disso, crianças e adolescentes também podem ser punidos.

Segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), esse tipo de ligação é um ato infracional gravíssimo e quem o comete deve ser encaminhado para a Vara da Infância e da Juventude para que sejam aplicadas as medidas socioeducativas.

EducaSAMU

Entre as medidas para diminuir os trotes existe o programa EducaSAMU, que já contemplou mais de 11,5 mil alunos, de 108 instituições, só este ano. O programa possui pedagogas nas oito macrorregiões de saúde, as quais realizam visitas nas escolas palestrando sobre os riscos do trote, acionamento correto do SAMU ao 192, e sinais iniciais de Acidente Vascular Cerebral (AVC) e Infarto Agudo do Miocárdio (IAM).

A diretora Geral do SAMU/Fahece, Carla Birolo Ferreira, reforça sobre a importância de levar o projeto EducaSAMU para as crianças.

“É uma forma de entenderem o dano que poderá causar às pessoas que estão precisando do atendimento, quando se ocupa uma linha para fazer o trote. A educação é uma forma de reduzir danos a sociedade.”

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