Joinville terá laboratório inédito no Museu Nacional de Imigração e Colonização
Tratativas ocorreram junto ao governo federal
Tratativas ocorreram junto ao governo federal
Após mais de dez anos de tentativas junto ao governo federal, o Museu Nacional de Imigração e Colonização (MNIC) de Joinville recebeu autorização para criar um laboratório inédito na cidade. Com isso, a unidade poderá desenvolver estudos e parcerias com universidades e institutos de pesquisa, além de pleitear financiamento para melhorias do espaço e acervo, ou investir em geração de conhecimento.
A autorização do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MNIC) ocorreu após a criação do Laboratório de Fluxos (I)migratórios no Sul do Brasil (Lefis) ter sido submetida ao edital 39/2022, ou Programa de Apoio a Museus e Centros de Ciência e Tecnologia e a Espaços Científico-Culturais. A iniciativa é promovida pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ), Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) e o MNIC.
“São poucas as instituições museológicas no País que contam com laboratórios desse tipo. A maior parte dessas iniciativas se concentra em universidades. Por isso, celebramos muito essa autorização e sabemos que ela nos coloca em uma posição de destaque e referência para outros espaços de memória e cultura do Brasil e para os estudiosos e pesquisadores de todo o mundo”, afirma a coordenadora do MNIC, Elaine Machado.
Elaine acrescenta que o objetivo do museu é a de ser um espaço de debate e discussão, tanto sobre o passado, quanto sobre a sociedade contemporânea. “A proposta é de sermos um ‘museu-fórum’, ou seja, esse lugar de fomento de questionamentos e investigações, e que todos possam participar”, explica.
Em março deste ano, a Prefeitura de Joinville e o governo federal inauguraram a obra de restauro do Museu Nacional de Imigração e Colonização. As obras no casarão histórico foram custeadas pelo Fundo dos Direitos Difusos do Ministério da Justiça, com intermediação do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e contou com um investimento superior a R$ 3 milhões. O processo de restauro foi acompanhado pela Secretaria de Cultura e Turismo da Prefeitura de Joinville (Secult).
As obras, que iniciaram em 2019, incluíram a revisão estrutural da maison, novos sistemas elétrico, sanitário e contra incêndio, realocação de banheiros e melhorias na acessibilidade. Os jardins receberam drenagem e novo paisagismo. O financiamento ainda contemplou a construção de um prédio aos fundos do terreno, destinado a abrigar áreas técnicas e um novo espaço expositivo.
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