Joinville terá manifestações pró e contra Bolsonaro no Dia da Independência

Atos devem ser realizados em três locais da cidade

Joinville terá manifestações pró e contra Bolsonaro no Dia da Independência

Atos devem ser realizados em três locais da cidade

Lucas Koehler

Nesta terça-feira, 7, Dia da Independência do Brasil, manifestações pró e contra o governo Bolsonaro serão realizadas em Joinville.

As que defendem Jair Bolsonaro (sem partido) estão programadas para a Praça da Bandeira pela manhã e, à tarde, no quilômetro 25 da BR-101 – que deve ser formada, na maioria, por caminhoneiros. Já os que se opõem ao presidente, devem se reunir no Parque da Cidade, no bairro Guanabara, entre às 14h e 18h.

De acordo com Sipioni Allievi, integrante do Movimento Direita Joinville (MDJ), um dos grupos que organiza as manifestações em defesa de Bolsonaro, o ato governista deve reivindicar o impeachment de ministros do Superior Tribunal Federal (STF), contagem pública dos votos após eleição e “mais liberdade”. Além, é claro, de demonstrar apoio ao chefe do executivo.

Ato pró Bolsonaro será realizado na Praça da Bandeira, em Joinville | Foto: Fernanda Silva/O Município Joinville

Com presença de políticos, padres e pastores, a expectativa é reunir diversas pessoas nos dois locais. “Os ataques às nossas liberdades estão vindo de quem deveria estar nos defendendo”, afirma Sipioni.

O fisioterapeuta afirma que os protestos devem ser pacíficos, porém, o tom deve ser de denúncia sobre quem “extrapolou os limites constitucionais”, se referindo ao STF.

Sipioni ainda diz que o Congresso Nacional também será um alvo de críticas, pois deixa de ouvir as “vozes das ruas”, arquivando ou não discutindo projetos que, para ele, interessam ao país.

Manifestação contra Bolsonaro

Para se posicionar contra o governo federal, setores da esquerda decidiram unir os atos “Fora, Bolsonaro” e “Grito dos Excluídos” para ocupar o Parque da Cidade na mesma data em que setores governistas se manifestarão.

Para Cristiane Fogaça, 35 anos, integrante do Sindipetro – sindicato dos petroleiros, o ato deve simbolizar a luta contra um “governo que menospreza a população, principalmente os pobres, negros, mulheres e LGBTQIA+”.

Manifestação contra Bolsonaro em Joinville, realizada no mês de julho | Foto: Yan Pedro/Redes Sociais

Além disso, ela explica que pautas com críticas ao negacionismo da ciência, crescimento da fome, desemprego e aumento no preço dos alimentos devem ser levantadas pelos manifestantes. “Famílias estão sendo despejadas de suas casas, há privatizações e prejuízo ao trabalhador. É necessário estarmos unidos”, analisa.

A sindicalista também afirma que o ato da esquerda deverá ser pacífico, sem ações consideradas radicais. “Vamos evitar qualquer tipo de conflito”, diz. Convocada pelo grupo “Fora Bolsonaro Joinville”, que reúne movimentos sociais, sindicatos e partidos políticos, a manifestação deve contar com atrações culturais da cidade.

Clima para eleições

Com protestos contra e pró Jair Bolsonaro, o 7 de Setembro deste ano pode ser uma prévia das eleições presidenciais do ano que vem. É o que pensa o cientista político e professor da Faculdade Ielusc, João Kamradt. “Deve ser um pequeno prenúncio da campanha eleitoral de 2022, que já começou para os dois principais candidatos na disputa: Lula, que lidera as pesquisas, e Bolsonaro, que tentará a reeleição”, opina.

Para ele, essa agenda é pensada por Bolsonaro em busca de votos, no qual, segundo o professor, precisa agitar a militância. “Ele está acossado pelo resultado da sua gestão durante a pandemia da Covid-19 e pela economia que está destruindo o orçamento dos brasileiros”, pensa.

João também acredita que os atos governistas devem unir os eleitores mais fiéis do presidente e para direcionar frustrações contra um inimigo em comum. “Será qualquer um que não concorde com tudo que ele fala e faz”, salienta.

Do outro lado, porém, a manifestação de grupos da esquerda ou de grupos contrários a Bolsonaro têm como objetivo ser contrapontos à gestão federal, além de propor outra narrativa na data da Independência. “Não deixar um símbolo nacional na mão de um único grupo político”, reflete.


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