Jurado ucraniano participa do Festival de Dança de Joinville pela primeira vez
Em entrevista ao jornal O Município Joinville ele comentou como se sentiu e o que pensa da dança no Brasil
Em entrevista ao jornal O Município Joinville ele comentou como se sentiu e o que pensa da dança no Brasil
Oleksi Bessmertni é diretor artístico da Academia de Balé de Kiev, na Ucrânia; diretor internacional da TANZOLYMP, em Berlim, na Alemanha e neste mês de julho, incluiu mais um título a essa lista: jurado do 40º Festival de Dança de Joinville.
Embora Oleksi venha ao Brasil desde 2008, esta foi a primeira vez em Joinville. “Essa experiência é completamente nova para mim, tantas pessoas e escolas de dança. O festival cobre toda a cidade de Joinville”, conta o ex-bailarino.
Ele foi jurado nas duas primeiras noites de festival, 17 e 18. Oleksi avaliou o repertório de balé clássico dançado por bailarinas e bailarinos. “Gostei do nível de dança clássica masculina e dança feminina júnior. Os bailarinos no Brasil são muito fortes tecnicamente e têm grande potencial para serem grandes bailarinos. Muito elegantes, fortes e bonitos”, avalia o jurado.
O ucraniano ainda deu uma dica para os dançarinos do Brasil. Para ele, as escolas de dança devem ser mais valorizadas pelos alunos e os dançarinos infantis poderiam começar com danças mais simples em vez de tentar reproduzir repertórios adultos.
Oleksi ainda destacou a Feira da Sapatilha e as danças que remetem ao folclore brasileiro. “Eu descobri várias novas formações e estilos de dança”, conta o diretor artístico.
Foi em meio à guerra cravada entre Rússia e Ucrânia que Oleksi Bessmertni veio à Joinville. Residente de Kiev, capital do país, a escola de dança que ele dirige ainda funciona, mas tem apenas 60 dos 300 alunos que estudavam no local. “Os outros alunos foram estudar em outros países”, conta.
A realidade da escola mudou muito, já que existem momentos onde todos precisam se abrigar no sub-solo devido aos ataques de bombas. As poucas escolas de dança que restaram no país tentam se manter vivas e celebrar a cultura do balé que perdura há 200 anos no país.
Oleksi conta que tem colegas dançarinos que lutaram na guerra e morreram em combate. Ele deve voltar para Ucrânia para a volta as aulas no país, em 1º de setembro.
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