Júri popular acontece sem público em consequência do coronavírus em Joinville
Nesta terça-feira, 17, aconteceu o júri popular de um homem acusado de matar a companheira em 2016
Nesta terça-feira, 17, aconteceu o júri popular de um homem acusado de matar a companheira em 2016
Na tarde desta terça-feira (17), um dia depois da assinatura da resolução conjunta com algumas medidas preventivas ao coronavírus, as sessões do Tribunal do Júri na comarca de Joinville ocorreram a portas fechadas.
Na comarca de Joinville, também com as portas fechadas, aconteceu o julgamento de Moisés Bispo Barros da Silva, 42 anos. Ele é acusado de matar a facadas a sua companheira Sueli Padilha, 36, em janeiro de 2016.
O réu já havia sido condenado à 16 anos de reclusão durante o júri realizado em outubro de 2018. Porém, o Ministério Público recorreu da sentença do julgamento discordando do não acolhimento referente à feminicídio por parte dos jurados.
Em análise, o Tribunal de Justiça solicitou novo julgamento, que aconteceu nesta terça-feira. Ao final do julgamento, o Conselho de Sentença decidiu condenar o réu a 24 anos de reclusão em regime fechado.
Desta vez, ele foi condenado também pelo crime de feminicídio, além das qualificadoras de motivo torpe e do recurso que dificultou a defesa da vítima, além do crime ter sido realizado em frente a criança de dois anos, filha da vítima.
O réu já estava detido e continuará preso para cumprir a pena. A sessão foi presidida pelo juiz Gustavo Henrique Aracheski, titular da Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Joinville. Atuou como promotor Ricardo Paladino. A advogada de defesa do réu foi Lauana Lima.
Vale ressaltar que em Joinville também estão confirmados a realização de júris para esta quarta-feira, 18 e quinta-feira, 19, também sem a presença de público.
Esta foi a primeira vez na história recente das comarcas que o júri popular foi feito sem a comunidade.