Júri Popular julga dupla acusada de homicídio na boate Meet, em Joinville

Crime que vitimou Juliana Maria Cidral aconteceu no dia 27 de março de 2016, em frente à casa noturna

Júri Popular julga dupla acusada de homicídio na boate Meet, em Joinville

Crime que vitimou Juliana Maria Cidral aconteceu no dia 27 de março de 2016, em frente à casa noturna

Redação O Município Joinville

Dois homens passarão pelo julgamento do Tribunal do Júri, em Joinville, nesta quinta-feira, 22. Eles são acusados de terem participado do crime que vitimou Juliana Maria Cidral e deixou outras quatro pessoas feridas em frente a boate Meet. O episódio aconteceu durante a madrugada do dia 27 de março de 2016.

O terceiro envolvido, que é suspeito de retrucar o esbarrão dentro da Meet, morreu no período entre o crime e o julgamento.

Segundo a denúncia do Ministério Público (MP), a ocorrência começou quando um jovem teria esbarrado em outro rapaz dentro da boate. Este esbarrão gerou uma discussão verbal entre a vítima e um dos réus. Neste momento, o réu teria entrado em contato com seus amigos e solicitado um “resgate”. Depois de um tempo, três homens apareceram na boate.

Conforme o MP, o grupo tinha a intenção de ferir o rapaz (que esbarrou dentro da boate). Três deles atraíram o homem até uma rua lateral e, neste momento, atiraram contra ele em via pública. Após os disparos, a vítima correu em direção à boate e, na fuga, foi atingida pelas costas, sofrendo lesões. O rapaz foi atendimento imediatamente e sobreviveu.

Além disso, segundo o PM, o crime foi praticado em meio que resultou em perigo comum à vida e à integridade física de um número indeterminado de pessoas. Isso porque os disparos foram efetuados em frente a casa noturna Meet, onde existiam vários clientes estavam reunidos, ficando próximos à linha de tiro. Inclusive, ao atirarem no rapaz do esbarrão, o grupo atingiu Juliana, na época com 32 anos, que não resistiu aos ferimentos e morreu.

O MP considera que, por terem efetuado os disparos de arma de fogo em local habitado e no momento em que a vítima estava no raio de mira deles, o grupo assumiu o risco de causar a morte. Além de Juliana, outras três pessoas foram atingidas pelos disparos. Todas foram encaminhadas à unidade hospitalar para atendimento.

Ainda de acordo com a denúncia, o motivo dos crimes de homicídio e tentativa de homicídio foi fútil, porque os acusados agiram por motivo banal e desproporcional, por conta da briga ter sido iniciada por um esbarrão acidental provocado por uma das vítimas no interior do estabelecimento.

Outra informação que consta no processo é que o crime foi praticado mediante recurso que dificultou a defesa da vítima, porque além de estarem em maior número, a vítima estava desarmada e foi surpreendida em plena via pública.

Todos os dois réus que serão julgados estão presos no Presídio Regional de Joinville.

A sessão será presidida pelo juiz Gustavo Henrique Aracheski, titular da Vara do Tribunal do Júri em Joinville. O promotor de Justiça vai ser Marcelo Sebastião Netto de Campos. Atuarão como advogados de defesa: Rafael Siewert, Valdir Campanharo e Luana Karina Gorisch.


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