Justiça concede liberdade para oito torcedores presos por tentativa de homicídio em Joinville
Dois continuam presos e outros dois estão foragidos
Após cerca de dois meses presos preventivamente pela tentativa de homicídio de um torcedor do Remo, em Joinville, o Tribunal de Justiça (TJ-SC) concedeu liberdade restritiva para oito dos 12 acusados do crime. O grupo faz parte da torcida organizada União Tricolor. Eles são acusados de agredirem torcedores de outros times, deixando um deles gravemente ferido.
Os acusados receberam a concessão da liberdade em 22 de abril, sob as seguintes condições: manter seus endereços atualizados; comparecimento a todos os atos processuais; proibição de frequentarem estádios, jogos de futebol, bares e similares; proibição de manterem qualquer vínculo com a torcida organizada União Tricolor, inclusive profissional ou comercial, incluindo o acesso à sua sede ou participação em eventos por ela patrocinado.
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Em sua decisão, a juíza Reina Aparecida Soares Ferreira citou que, apesar da investigação e denúncia apontar que estes réus estiveram presentes no local durante o acontecimento, não agrediram diretamente às vítimas.
“Observa-se que os denunciados já foram citados e não existem indicativos concretos de que possam ameaçar testemunhas ou destruir provas, de modo que a medida já não é mais necessária como forma de acautelar”, explicou a juíza.
Um dos oito torcedores já havia tido a liberdade concedida no início de abril após defesa apresentar argumentação de que o acusado não estava presente no local do crime, tendo ido passar domingo com os pais, em Balneário Barra do Sul, voltando a Joinville somente no dia seguinte. As alegações foram embasadas em prints extraídos das conversas que o suspeito teve com a mãe, via WhatsApp.
“Diante deste cenário, a prova apresentada pela defesa contraria aquela constante no caderno investigativo, gerando razoável dúvida se o investigado é o masculino identificado pelas imagens das câmeras de segurança”, apontou a juíza Regina. Como a prisão preventiva é medida extrema, a juíza optou pela soltura do acusado, ao menos até o esclarecimento dos fatos.
Dois continuam presos
Por outro lado, dois dos réus, que são indicados como agressores diretos da vítima, tiveram a prisão preventiva mantida pela Justiça. Outros dois acusados também não foram liberados pois seguem foragidos, segundo o TJ-SC.
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